MT não tem um entre 100 cabeças do Congresso
Estudo divulgado pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) não inclui nenhum dos 11 mato-grossenses (8 deputados e 3 senadores) da bancada federal entre os "100 cabeças" do Congresso. Em levantamentos anteriores, chegaram a aparecer os nomes dos federais Pedro Henry, ex-líder da bancada do PP na Câmara, e Carlos Abicalil (PT), com boa relação com o presidente Lula. Desta vez, Mato Grosso ficou fora da lista.
Dos deputados e senadores mais influentes na condução do processo decisório brasileiro estão 71 deputados e 29 senadores. Segundo o Diap, os dois partidos com maior número de parlamentares na elite são o PT, com 27 nomes, e o PMDB, com 17. Na terceira posição em número de parlamentares está o PSDB, com 14 nomes. O estudo revela que dos 100 parlamentares da primeira edição da série os "cabeças" do Congresso, apenas seis - sendo quatro senadores (Eduardo Suplicy, José Sarney , Paulo Paim e Pedro Simom) e dois deputados (Inocêncio de Oliveira e Luiz Carlos Hauly) se mantiveram na lista em todos os 15 anos da publicação. Destes, apenas o senador Paim fez parte da lista como deputado e senador.
Ala feminina
A presença feminina entre os "cabeças" do Congresso, em termos proporcionais, é inferior à participação da mulher no Legislativo Federal. Enquanto as mulheres representam 9,42% do Congresso (56, sendo 45 deputadas e 11 senadoras), na elite do Congresso (Câmara e Senado) elas correspondem a apenas 0,8% (2 deputadas e 3 senadoras). São as deputadas Luiza Erundina (PSB/SP) e Rita Camata (PMDB/ES) e as senadoras Ideli Salvatti (PT/SC), Patrícia Saboya (PSB/CE) e Roseana Sarney (PMDB/MA).
São utilizados critérios quantitativos e qualitativos para classificação dos parlamentares "cabeças" do Congresso. Primeiro, o institucional, que avalia o posto que ocupa na Casa, como líder, presidente de comissão, frente parlamentar ou integrante da Mesa Diretora. O segundo, é o reputacional - como é visto pelos colegas, consultores legislativos e analistas políticos.O terceiro é o fator decisional, que estuda o comportamento do parlamentar, a capacidade de liderar e influenciar escolhas. A partir deste estudo, é feita a classificação por habilidades. Hoje, a maioria está classificada como articuladores e debatedores.
A bancada federal de MT:
Na Câmara
Carlos Abicalil (PT)
*Eduardo Moura (PPS)
Thelma de Oliveira (PSDB)
**Rogério Silva (PP)
Valtenir Pereira (PSB)
Wellington Fagundes (PR)
Carlos Bezerra (PMDB)
Eliene Lima (PP)
No Senado
Jayme Campos (DEM)
Gilberto Goellner (DEM)
Serys Marly (PT)
(*) Substitui Homero Pereira (PR);
(**) ocupa lugar de Pedro Henry (PP
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