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Politica Brasil
Quinta - 04 de Setembro de 2008 às 11:48

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Orientados por marqueteiros e sob "termômetro" de pesquisas qualitativas, os irmãos Sachetti (Moisés e Adilton) começaram a pressionar o governador Blairo Maggi, no sentido deste se licenciar do cargo para se dedicar exclusivamente à campanha do seu afilhado político, prefeito Adilton Sachetti, que está em desvantagem na corrida à sucessão em Rondonópolis. Se as eleições fossem hoje, Sachetti perderia para o deputado licenciado Zé Carlos do Pátio (PMDB).

Ex-presidente do Detran e ex-assessor especial do gabinete do governador, Moisés Sachetti preside o recém-fundado PR, que nasceu da fusão do PL com o Prona. Maggi é a "estrela" da legenda. Neste período eleitoral, Moisés direcionou suas atenções para Rondonópolis. Empurra o irmão-prefeito à reeleição, enquanto candidatos majoritários do partido em outros municípios pedem socorro e sentem-se abandonados pela cúpula. Como as pesquisas qualitativas apontam que é importante a presença do governador no palanque do prefeito, que precisa de "combustível" para acelerar mais rumo às urnas, os irmãos Sachetti bateram a porta do Palácio Paiaguás. Querem, de todas as formas, que Maggi se afaste pelos próximos 30 dias para acompanhar o prefeito republicano nas campanhas corpo-a-corpo e nos chamados arrastões. Consideram que isso o ajudaria a reverter a desvantagem.

Maggi está resistente. Considera a proposta um jogo perigoso. Se aceitar, ficaria tanto com o ônus da derrota quanto com o bônus. Caso se licencie e passe a carregar Sachetti na campanha, o governador seria considerado, de um lado, o responsável pela eleição do seu afilhado político, tirando os méritos do candidato. Numa eventual derrota, o desgaste ganharia ainda mais proporção ao ponto de até complicar o projeto político da turma da botina, visando as eleições gerais de 2010, quando o próprio Maggi pretende concorrer ao Senado. Por fim, Maggi disse aos irmãos Sachetti que poderia enfrentar uma série de problemas administrativos caso viesse a se afastar para cuidar de campanha dos outros.

Pelo visto, Sachetti vai ter de continuar se apegando mesmo ao ex-adversário, deputado federal Wellington Fagundes, que tem o filho João Antonio de vice da chapa do prefeito.





Fonte: RD News

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