Pelo poder, PT na Assembléia muda de posição

Diferente das posições duras dos então deputados estaduais da década de 1990, Gilney Viana e Serys Slhessarenko, o PT hoje na Assembléia vem agindo numa outra linha, a do poder. É representado por Alexandre Cesar, substituto do titular Ságuas Moraes, que virou secretário de Educação do Estado há mais de dois anos, e pelo empresário Ademir Brunetto.

Antes o PT marcava posição com protesto nas eleições da Mesa Diretora, que é composta por 5 parlamentares e com maior atenção aos cargos de presidente e de primeiro-secretário. O partido não aceitava composição. Serys e Gilney votaram contra, por exemplo, à chapa do deputado José Riva, que está no terceiro mandato de primeiro-secretário e na próxima semana será eleito, pela quarta vez, presidente da Assembléia.

Em tempos de Brunetto e Alexandre, as posições são outras. Hoje, Brunetto integra a Mesa e quer fazer parte da próxima. Alexandre, que antes de chegar à Assembléia apresentou denúncias contra parlamentares, agora se cala. Sinaliza para se abster ou até mesmo votar a votar da nova Mesa. A eleição foi antecipada de 30 de setembro para o próximo dia 2, apesar da posse só vir a acontecer em fevereiro do próximo ano.

Assim, a tendência é que a chapa encabeçada por Riva e com o hoje presidente Sérgio Ricardo (PR) como primeiro-secretário seja eleita por unanimidade. Outros nomes vão assumir os cargos mais importantes na condução dos trabalhos legislativos, como Mauro Savi, líder do governo na AL, e o democrata Dilceu Dal Bosco.