Para agradar governador, Silval não apóia Pátio
O vice-governador Silval Barbosa, virtual candidato peemedebista à sucessão de 2010, se vê entre a cruz e a espada. Ferindo a fidelidade partidária, ele decidiu não apoiar a candidatura do colega de sigla e deputado Zé do Pátio, que disputa a Prefeitura de Rondonópolis. Todo esse esforço de Silval é para simplesmente não contrariar o governador Blairo Maggi (PR), que está apostando todas as fichas na reeleição do prefeito Adilton Sachetti como forma de alimentar no poder a "turma da botina".
Desde já, Silval quer retribuir a gratidão de Maggi. Ocorre que o governador já decidiu que em janeiro do próximo ano renunciará ao mandato para o peemedebista comandar o Estado por um ano. Por isso, o vice-governador faz de tudo para agradar Maggi, ao ponto de atuar como infiel partidário.
Sem apoio da cúpula, Pátio se apegou ao povão e a alguns tucanos, sob o vice-governador Rogério Salles, que tem a esposa Marília de vice da chapa. O peemedebista é líder nas pesquisas de intenção de voto na corrida sucessória em Rondonópolis. Se tornou um herói, pois enfrenta grupos políticos fortes que se uniram em torno de Sachetti, como os blocos do próprio Maggi, do deputado federal Wellington Fagundes, que tem o filho João Antonio de vice da chapa, e agora, parte do PMDB, sob Silval, que passou a torcer contra o candidato peemedebista.
Além disso, o deputado não tem no seu palanque o cacique Carlos Bezerra que, sob desgaste, preferiu se distanciar do processo eleitoral. As traições partidárias começam a eclodir nos partidos. O péssimo exemplo começa pelos próprios dirigentes.
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