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Politica Brasil
Terça - 26 de Agosto de 2008 às 04:35

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A Justiça Eleitoral de Mato Grosso determinou que o governador Blairo Maggi (PR) se abstenha, sob pena de multa diária de R$ 10 mil, de conclamar os servidores públicos estaduais a apoiar a candidatura do empresário Mauro Mendes (PR) à Prefeitura de Cuiabá.

Na semana passada, em evento da campanha de seu afilhado político, Maggi pediu o engajamento dos servidores, especialmente daqueles que ocupam cargos comissionados. "Eu vim convocar e pedir, mais pedir do que convocar. Vocês também fazem parte do processo político, principalmente aqueles servidores que trabalham em cargos comissionados. Não deixa de ser, também, um ato político quando você indica alguém para assumir um cargo de chefia."

O evento era dirigido a servidores estaduais e reuniu cerca de 600 pessoas, segundo a organização. "Vivemos num mundo político e a política assim. As regras desse jogo são desse jeito", disse Maggi, que depois pediu apoio expresso: "Vamos botar adesivo no carro, vamos externar".

Para o juiz da 37º Zona Eleitoral de Cuiabá, Rondon Bassil Dower Filho, que concedeu liminar em representação por abuso de poder político movida pela coligação do candidato Wálter Rabello (PP), Maggi "exorbitou" o limite aceitável.

"Os sinais existem de que o sátrapa mato-grossense vem realizando ato de propaganda onde exorbita ao que seria aceitável. Uma vez que se vale de sua 'caneta' para conquistar apoio de seu candidato."

Na decisão, o juiz afirma que o servidor público "deve atender aos anseios da população e da administração pública, agora, na hora de votar o cidadão, deve estar desembaraçado de qualquer pressão hierárquica".

Outro lado

A Secretaria de Comunicação do Estado afirmou ontem que o governador não vai se manifestar sobre o assunto enquanto não for informado oficialmente da decisão.





Fonte: Agência Folha

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