Vacinação infantil contra Poliomielite atinge melhor índice em cinco anos

A primeira etapa da Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite, realizada em junho deste ano, registrou a maior cobertura vacinal dos últimos cinco anos. Números anunciados nesta terça-feira pelo ministro da Saúde, José Gomes Temporão, indicam que mais de 15,4 milhões de crianças de zero a cinco anos foram vacinadas, o que representa uma cobertura de 97,32%, resultado superior à meta de 95% estabelecida para a primeira fase da campanha.

“Esse foi o melhor resultado da campanha contra a pólio dos últimos anos”, comemorou Temporão, que afirmou que as ações foram intensificadas na segunda etapa, lançada no dia 9 de agosto. “Qualquer criança que não foi vacinada na segunda fase, pode procurar o posto de saúde e tomar a gotinha. Eles estão abertos, funcionando todos os dias e disponíveis inclusive para isso”, disse o ministro.

De acordo com os dados do balanço final da vacinação contra a poliomielite, desde 2003, quando a cobertura ficou em 98,27%, o país não alcançava um resultado tão expressivo. Nos últimos anos, os resultados foram de 96,43% em 2004, 94,58% em 2005, 94,56% em 2006 e de 93,29% em 2007. O percentual mínimo recomendado é de 95%. O resultado da segunda etapa da campanha contra a poliomielite, realizada no dia 9 de agosto, será divulgado na primeira semana de outubro.

Todas as regiões tiveram bons resultados, alcançando coberturas de 100% no Norte, 99,56% no Centro-Oeste, 98% no Sul, 97,35% no Nordeste e 95,26 no Sudeste. Dezenove estados e o Distrito Federal acompanham o balanço positivo do país e por região (veja tabela).

Erradicação – As campanhas têm por objetivo garantir a manutenção da erradicação da poliomielite no Brasil. Por isso, é muito importante que os responsáveis pelos menores de cinco anos levem as crianças para que tomem as gotinhas que protegem contra a pólio.

A vacina contra a poliomielite é considerada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como a única maneira de erradicar a doença em todo o mundo. Essa estratégia é fundamental para garantir a erradicação da doença porque o vírus da pólio ainda circula em países da África e da Ásia.