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Politica Brasil
Terça - 19 de Agosto de 2008 às 08:54

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O presidente do PPS de Pontes e Lacerda, Ailton Antonio da Silva, disse que o não cumprimento de 90% das promessas de campanha feitas à população em 2004, pelo prefeito local e candidato à reeleição, Newton Miotto (PP), provocaram o rompimento de um acordo que fez o partido ingressar, na época, na formação do arco de alianças que elegeu o atual administrador.

Segundo Ailton Bigode, como o presidente do PPS é mais conhecido na cidade, a falta de diálogo, o isolamento e a adoção de princípios que feriam o estatuto do partido também teriam sido fundamentais para o afastamento do PPS, do grupo.

“Nosso partido tem um estatuto a ser respeitado e um programa de trabalho a ser cumprido, que começaram a ser contrariados pelo prefeito praticamente logo após ele ter sido eleito. Sem contar, como agravante, que os acordos políticos foram registrados em ata.

O rompimento do PPS com Newton Miotto foi um protesto político-partidário pelo não respeito do prefeito com a população que o elegeu”, afirmou o líder pepessista. Uma das principais referências de Ailton Silva é o livreto editado em 2004 pela então coligação Mudança com Transparência com o título “Pontes e Lacerda é Você”. Nele, Miotto, promete consolidar o município como “grande pólo de produtos e serviços” do Vale do Guaporé, região composta por 20 outras cidades inclusive Cáceres.

Entre outras promessas contestadas pelo presidente, estão a transformação de Pontes e Lacerda em “centro de referência em Saúde”, em “pólo do agronegócio” e na “cidade com a melhor qualidade de vida e oportunidades de trabalho e de renda” do Guaporé.

“Nada disso foi cumprido, inclusive a proposta de gestão compartilhada com os partidos, e a Saúde em Pontes e Lacerda está um caos; é a pior da região do Vale do Guaporé. O PPS não poderia compactuar com esse estado de coisas”, lamentou Bigode.

No Item 6 da publicação, Newton Miotto e a coligação garantem: a) ampliar a capacidade produtiva e de serviços, de Pontes e Lacerda; b) valorizar o complexo bovino local; c) dar apoio para inserção dos assentamentos rurais na economia; d) desenvolver política de agregação de valores; e) integrar Pontes e Lacerda ao complexo exportador; e f) construir ‘alianças políticas e de instrumentos’ para o desenvolvimento regional.

“Tudo isso foi muito bonito como discurso, mas o que deu mais votos a Miotto foi a promessa dele de transformar em ação emergencial o processo de regularização fundiária do nosso espaço urbano. Ele prometeu entregar títulos de propriedade com rapidez para regularizar loteamentos, entre outros casos, mas não cumpriu como no bairro Jardim Morada da Serra onde disse que seria prioridade”, disse o presidente do PPS.

Ainda de acordo com Ailton Bigode, Newton Miotto teria usado os partidos políticos que formavam a coligação como trampolim para se eleger em 2004.

“Os casos que eram para ser divididos com os partidos no desenvolvimento desse programa de trabalho até hoje não foram discutidos nem vão ser mais. Ele não abriu diálogo com os partidos que estiveram com ele em contato direto com o povo, nos últimos quatro anos, nem desenvolveu uma administração compartilhada como prometeu em todos os bairros durante a campanha de 2004”, concluiu.





Fonte: Olhar Direto

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