O Rappa lança novo CD cinco anos após último álbum
São Paulo - A banda carioca O Rappa lança hoje seu sétimo álbum, '7 Vezes', após cinco anos do último e bem-sucedido 'O Silêncio Q Precede o Esporro'. Tudo bem, os fãs vão dizer que no meio do caminho, mais precisamente, em 2005, teve o Acústico MTV, que contou com duas inéditas - Na Frente do Reto e Não Perca as Crianças de Vista. Mas um disco só com novidades foi lançado somente agora, com '7 Vezes'. O grupo acredita que demorou tempo suficiente para afinar o repertório e toda a produção musical que, pela primeira vez, foram executados essencialmente pelos integrantes da banda.
Um dos maiores desafios do grupo foi seguir em frente sem Tom Capone, produtor musical morto em 2004 vítima de uma acidente de motocicleta em Los Angeles, nos Estados Unidos. Pois o quarteto formado por Marcelo Lobato (bateria), Alexandre Menezes (Xandão, guitarra), Lauro Farias (baixo) e Marcelo Falcão (voz) resolveu unir ainda mais as forças para que juntos saíssem em busca de um material fresquinho, sem perder a marca sonora e os argumentos sociopolíticos sempre presentes na história musical do grupo.
O quarteto não só compôs e arranjou as 14 faixas presentes em '7 Vezes' (com exceção da releitura de Súplica Cearense, de Luiz Gonzaga), como também fez questão de se dividir em diversos outros instrumentos que não são os seus de 'origem': Lobato se arriscou na marimba, vibrafone e teclados (sem contar alguns utensílios domésticos, como bacia, garrafa e algumas taças); Xandão partiu para o cavaquinho e bandolim; Farias reforçou o som pesado com uma Fender Telecaster (guitarra elétrica); e Falcão apostou nos violões e ruídos. "Em nenhum momento usamos loops (batidas repetidas do início ao fim de cada canção, com auxílio de computador)", revela Falcão.
A capa do novo álbum segue a linha da liberdade de interpretação: a mão esquerda de Falcão, com o dedo indicador para baixo, forma o número sete, mas também pode simbolizar "uma mão desarmada ou um revólver apontando para baixo." Sete porque é o sétimo álbum, porque é o número cabalístico que indica sorte, porque são sete os dias da semana, as cores do arco-íris, "os anões", brinca Farias. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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