Jaime e Sobrinho armam para tirar Pagot de VG

O senador Jaime Campos, cacique do DEM, lançou mão de outra estratégia para frear o avanço da turma da botina, que passou a colocar combustível na campanha à reeleição do prefeito várzea-grandense Murilo Domingos (PR). Pediu que o seu primeiro-suplente Luiz Antonio Pagot, afilhado político do governador Blairo Maggi e hoje diretor-geral do Dnit, se afaste do processo eleitoral de Várzea Grande, sob pena de se licenciar do Senado por agora e abrir vaga para o segundo-suplente Oswaldo Sobrinho (PTB). Se isso acontecer, Pagot perde em definitivo a suplência. Pela Regimento do Senado, se no primeiro afastamento do titular o suplente imediato não ocupar a vaga, mesmo que temporariamente, não terá mais direito ao posto em outras ocasiões e sim o segundo-suplente. Como está à frente do Dnit, Pagot não tem interesse em virar senador por alguns meses e, então, corre risco de perder a vaga para Sobrinho.

Sob orientação de Jaime, Oswaldo Sobrinho até já se afastou do cargo de assessor de Pagot no Dnit. A manobra serviu de recado ao ex-secretário de Infra-Estrutura, Casa Civil e de Educação do governo Maggi. Para não causar polêmica, Sobrinho preferiu alegar que tomou a decisão para ajudar na campanha à reeleição do prefeito de Cuiabá, Wilson Santos (PSDB), considerando que o seu partido, o PTB, é aliado do tucano, inclusive indicou o deputado Chico Galindo para vice da chapa.

Já nos bastidores, a articulação aponta para outra foco: Várzea Grande, onde o PTB também está com Júlio. O senador está jogando pesado para eleger o irmão e se sente incomodado com a participação de Pagot na campanha de Murilo. O diretor-geral do Dnit deve gratidão a Jaime, que foi o relator do seu processo no Senado que durou 6 meses para ser votado em plenário.

Em princípio, Pagot foi a Várzea Grande e promoveu duas reuniões com Murilo, defendeu sua candidatura em palanque. Diante das ameaças de Jaime, preferiu recuar.