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Meio Ambiente
Quinta - 07 de Agosto de 2008 às 16:19

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Mais de R$ 11 milhões em multas, cerca de 2,6 mil metros cúbicos de madeira ilegal apreendida e 81 autos de infração. Esses foram os resultados da Operação São Francisco, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que atuou em Rondônia durante 24 dias, na região da rodovia federal BR-429, que liga o município de Alvorada do Oeste a Costa Marques.

A operação em Rondônia faz parte de um grupo de operações estaduais previstas para acontecerem no conjunto da Operação Guardiães da Amazônia, que faz parte do Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia (PPCDAm). Os dados foram apresentados hoje (7), pelo chefe da divisão de Fiscalização da Gerência Executiva do Ibama em Ji-Paraná (RO), Renê Oliveira.

“É uma região muito conflituosa, com muitas madeireiras. Existem ainda algumas áreas preservadas, especialmente unidades de conservação, que merecem uma atenção maior por parte dos órgãos de fiscalização”, disse Renê.

O Exército e a Polícia Militar Ambiental deram reforço ao Ibama na fiscalização. Foram embargadas e autuadas áreas, que somam mais de 8,6 mil hectares – o que corresponde a 8,6 mil campos de futebol profissional.

Segundo Renê, parte da madeira encontrada é “excelente para a indústria moveleira, como as cerejeiras”, e o Ibama investiga a origem do material – sem descartar a hipótese de ser extraída de áreas indígenas e unidades de conservação. Ele informou que ela deve ficar em depósitos da região e poderá vir a ser requisitada por instituições sem fins lucrativos que precisem do material.

“A gente já vai a campo com uma visão e um foco para determinadas áreas e determinadas empresas. Logicamente nós, durante a operação, acabamos detectando outros problemas que, anteriormente, não sabíamos”, revelou o representante do Ibama. Parte do planejamento anterior à operação foi feito com sobrevôos pela região, em que foi possível levantar pontos de desmatamento. Também foi utilizado o Sistema de Detecção Via Satélite de Áreas Desmatadas, fornecido pelo Ibama.

“Conseguimos identificar diversos crimes que visavam burlar a fiscalização, como empresas que esconderam madeira por baixo de serragem ou no vizinho. Só que hoje em dia, com aeronaves, já é possível que consigamos detectar os infratores”, detalha Renê Oliveira.





Fonte: ABr

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