Delegado conclui inquérito e pede prisão de vereador de Marcelândia
O delegado de Polícia Civil de Peixoto de Azevedo, Algacir Brizola, concluiu o inquérito que apura denúncia contra o vereador de Marcelândia (210 km de Sinop), João do Carmo Cerqueira (que já foi prefeito) e de Sandra Aparecida de Melo, ex-presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, e pediu à justiça a prisão preventiva de ambos.
João e Sandra são acusados por trabalhadores rurais do assentamento Bon Jaguar, de aplicar “golpe financeiro” no ano de 2004, quando o Banco do Brasil concedeu descontos de 90% para os assentados saldarem dívidas com a instituição e cerca de 40 trabalhadores repassaram o dinheiro para a então presidente do sindicato efetuar o pagamento, que, segundo o delegado, teria sido repassado ao vereador. “Estou convicto do envolvimento dos dois, pois os assentados apresentaram provas, incluindo recibos”, informou o delegado Algacir, hoje ao Só Notícias. “O vereador negou ter recebido dinheiro, mas a Sandra confirmou que o emprestou a João”, disse.
O delegado de Peixoto foi designado pela Diretoria do Interior da Polícia Civil para conduzir as investigações. “Esse é um procedimento comum na Sejusp (Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública) para que investigações dessa natureza não sofram pressões”, informou. Algacir aguarda a decisão da justiça. “Se for decretado a prisão, vamos cumprir”, completou.
Outro lado:
Só Notícias entrou em contato com o vereador João do Carmo Cerqueira. Ele preferiu que seu advogado Paulo Barbosa rebatesse as acusações. O advogado disse que entrará com pedido de habeas corpus preventivo no sentido de coibir a divulgação dos fatos porque “o inquérito corre em segredo de justiça”. Barbosa informou ainda que aguarda decisão se, o Ministério Público oferecerá representação contra seu cliente, ou se baixará os autos para complementação, “pois o delegado representou contra João Cerqueira baseado em apenas dois depoimentos, e a secretária da Sandra (ex-presidente do sindicato), não foi ouvida pela polícia”, complementa Barbosa.
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