Queimadas caem mais de 30% no Estado
O número de focos de calor registrados nos primeiros 15 dias do período de proibição das queimadas cai 34% se comparado com o mesmo período de 2007
Nos 15 primeiros dias de proibição das queimadas, os focos de calor em Mato Grosso diminuíram 34% se comparados com os índices registrados no mesmo período do ano passado. Do dia 15 de julho até anteontem foram registrados 1.944 focos. No mesmo período de 2007, o número foi de 2.969.
O levantamento mostra que a cidade mato-grossense que mais registrou queimadas foi Tangará da Serra com 160 focos, seguida de Tapurah com 147 e Nova Maringá com 81 focos. No Brasil, a redução dos focos também foi significativa na primeira quinzena do período proibitivo: 10.311 neste ano contra 15.676 do ano passado.
Além disso, em 2007, Mato Grosso foi o Estado com maior número de focos. Mas, neste ano, o Estado do Pará registrou 2.112 focos de calor.
Se comparados com os números de 2006, os focos deste ano tiveram redução de 66%. De 15 a 29 de julho de 2006 foram registrados 5.719 focos. Naquele ano, Mato Grosso foi o líder isolado das queimadas na primeira quinzena. O Pará foi ocupou o segundo lugar com 2.589.
Todos esses dados são do Centro de Prevenção do Tempo e Estudos Climáticos (Cptec) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. Eles representam uma média da leitura de todos os satélites e sistemas de monitoramento do Instituto: NOAA-15, NOAA-16, NOAA-17, NOAA-18, MODIS, TERRA, AQUA, GOES-10, GOES-12, e MSG-2.
Para o major Héctor Péricles, coordenador de Gestão do Fogo da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema), a redução é um reflexo da presença da Secretaria no campo e dos trabalhos de prevenção, fiscalização e repreensão. Ele também destacou que diversos órgãos se mobilizaram para combater o problema. “A Polícia Militar, Bombeiros, Empaer, prefeituras, MT Regional, Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM), enfim, a população e os gestores perceberam que o fogo é um problema de Estado”, afirmou.
Além disso, segundo o major, o aumento das autuações e os trabalhos de monitoramento estão deixando as pessoas que cometem esses crimes mais preocupadas. “As pessoas estão percebendo que não vão ficar impunes. Além de multas, as pessoas podem ser presas por crimes ambientais”, lembrou.
No entanto, Péricles se preocupa com o início do período mais crítico – agosto e setembro. Ele alertou a população mato-grossense para evitar e combater as queimadas, além de denunciar as pessoas que ateiam fogo nesse período. “O fogo causa muita destruição ambiental, mas, também acaba com a saúde das pessoas”.
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