Crise pode desestabilizar a candidatura de Wilson Santos
O candidato à reeleição a Prefeitura de Cuiabá, Wilson Santos (PSDB) está tendo um trabalho extra nos últimos dias: o de bombeiro. Ele vem tentando contornar uma crise que tem tudo para eclodir e que pode desestabilizar por completo seu projeto político, de assumir um segundo mandato e se preparar para disputar o Governo do Estado em 2010. O foco desta crise chama-se Chico Galindo, seu candidato a vice-prefeito, denunciado por improbidade administrativa. Por enquanto, Wilson Santos vem conseguindo contornar a situação. Mas, em seu partido ninguém garante que Chico Galindo continuará como vice até o final da campanha.
No PSDB o movimento é para que a deputada federal Thelma de Oliveira (PSDB) seja indicada como candidata a vice, no lugar do deputado estadual licenciado Chico Galindo. A decisão está sendo levada em “banho-maria”, mas pode acabar provocando uma crise entre PSDB e PTB. A descoberta que Galindo sofre nada menos que 25 processos judiciais, dos quais treze são por improbidade administrativa, principalmente quando era secretário da prefeitura de Presidente Prudente, interior de São Paulo, e denunciada pela Coligação “Compromisso com Cuiabá” do empresário Mauro Mendes, balançou a cúpula do PSDB e o próprio prefeito Wilson Santos.
A pressão dentro da coligação “Dante Martins de Oliveira” é grande desde a divulgação de falcatruas cometidas por Chico Galindo. Nos bastidores corre como certo a boataria de que o prefeito Wilson Santos, preocupado com as denuncia, poderá anunciar a qualquer momento o nome da deputada federal Thelma de Oliveira (PSDB) como nova candidata a vice na coligação. O PSDB insiste para isso, o prefeito tenta contornar a situação, mantendo o deputado licenciado como seu candidato.
“Onde há fumaça há fogo”, disse um influente integrante da cúpula do PSDB. E os últimos acontecimentos reforçam ainda mais a boataria. É que o prefeito e a deputada federal Thelma de Oliveira estiveram juntos durante todo o final de semana. No último sábado eles se reuniram por quatro horas para discutir o assunto. No domingo a deputada acompanhou o prefeito tucano em várias atividades eleitorais.
No PSDB a informação é de que a resistência ao nome de Galindo é forte. O partido não vê com “bons olhos” a situação delicada do candidato à vice vive neste momento. A análise do partido é bem simples: não se pode oferecer munição aos inimigos. Seria um “tiro no pé”.
Como Thelma de Oliveira, segundo interlocutores, ficou de pensar na possibilidade de arregaçar as mangas e sair como vice, no lugar de Chico Galindo, o PSDB trabalha também com um plano B, o presidente da Unimed, Kamil Fares, que já tinha sido sondado para ser o vice, antes do partido indicar Chico Galindo.
Como se não bastasse esse entrave com seu candidato à vice, Wilson Santos está encontrando muita dificuldade em angariar apoio junto aos candidatos a vereador na capital mato-grossense, que não estão muito satisfeitos com a atenção dispensada pelo prefeito e com sua administração.
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