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Meio Ambiente
Quarta - 30 de Julho de 2008 às 00:47
Por: Maria Barbant

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O secretário de Estado de Meio Ambiente, Luis Henrique Daldegan, disse nesta terça-feira (29/07), durante coletiva à imprensa, que a redução do desmatamento em Mato Grosso – que vem sendo verificada nos últimos dois anos -, é resultado de medidas firmes do Governo do Estado, por meio da Sema, que estão sendo adotadas. “Desde o ano passado estamos percorrendo todos os polígonos do Deter, aplicando multas e embaragando áreas numa resposta efetiva do Estado”. No total, desde janeiro, a Sema já embargou mais de 22 mil hectares. Daldegan anunciou também que na próxima sexta-feira (01/08) a Sema estará fechando os dados de maio relacionados aos polígonos utilizados tanto pelo Deter como pelo SAD.

Os dados divulgados nesta terça-feira pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), do Sistema de satélites de Detecção do Desmatamento em Tempo Real (Deter), demonstram que em junho, Mato Grosso apresentou uma redução de 70% em relação ao último mês de maio. Do total de desmatamento detectado em junho, 192km² foram verificados em Mato Grosso, contra 646 km² no mês anterior. Um detalhe, também no mês de junho, a cobertura de nuvens foi de praticamente zero no estado.

Do total do desmatamento na Amazônia Legal, de acordo com o Inpe, 66,7% são de corte raso, 25,3% de degradação florestal e 8% de desmatamento não confirmados.

Este mês segundo o relatório do do Instituto, os satélites puderam avaliar 72% da área total da Amazônia, pois a cobertura de nuvens - que normalmente atrapalha a observação - foi de 28%.

De acordo com o Inpe, o estado do Pará apresentou aumento de 91% na devastação - 499 km² em junho enquanto que em maio essa área era de 262 km² . Segundo o órgão, isso pode ser pela maior capacidade de observação em junho - enquanto em maio apenas 41% do Pará pôde ser visto pelos satélites, em junho a observação aumentou para 75% da área do estado. Os demais estados da Amazônia Legal apresentaram desmatamento pouco significativo.

Daldegan mais uma vez defendeu a maior qualificação dos dados, do que seja área de corte raso e áreas de degradação progressiva e lembrou que o INpe realizou a detecção em 52% dos polígonos. “Solicitamos novamente ao Instituto de Pesquisas que divulgue esses dados em relação aos meses anteriores, para que possamos cada vez mais aferir os dados em relação ao Prodes”. Também divulgado pelo Inpe, o Prodes é anual, ao contrário do Deter, que divulga dados mês a mês.

Segundo o Inpe o desmatamento na Amazônia em junho foi de 876,80 quilômetros quadrados, área 20% menor do que a registrada em maio (1.096 quilômetros quadrados).





Fonte: Sema-MT

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