Cuiabá: Candidatos viram "artistas" e já começam apelar
Ora eles se apresentam como artistas, ora como galos de briga e até como "semeadores" da esperança. No despero pelo voto, os 5 candidatos a prefeito de Cuiabá começam a entrar em conflitos, já trocam acusações mútuas e chegam a representar mutuamente seus adversários na Justiça Eleitoral com denúncias apelativas e por questões banais.
Mauro César de Lara, do Psol, ingressou com uma representação, por exemplo, na tentativa de proibir o seu xará Mauro Mendes, candidato do PR, de usar o prenome "Mauro" durante a campanha. A assessoria jurídica do candidato tucano Wilson Santos quer a impugnação de Mendes, sob alegação de que este não se afastou dentro do prazo legal do comando da Federação das Indústrias (Fiemt).
Outro apelação vem do PT, que tem a ex-deputada Vera Araújo como candidata a vice-prefeita da chapa de Mendes. O diretório municipal protocolou uma representação, defendendo que Walter Rabello, que concorre ao Palácio Alencastro pelo PP, fique proibido de cantar durante o processo eleitoral. Rabello acumula as profissões de apresentador de TV e de artista. Forma dupla sertaneja com Odair Júnior.
Agora que teve o mandato de deputado cassado pelo TRE por infidelidade partidária e se afastou da TV Record News, onde apresentava um programa de forte apelo popular após sair da Cidade Verde (SBT), Rabello argumenta que seu único meio de garantir a sobrevivência financeira é nos palcos, ou seja, se apresentando como cantor. O PT entende que, nesse caso, o candidato do PP está sendo privilegiado.
Caso a Justiça venha a indeferir o pedido, só restará aos demais candidatos à sucessão em Cuiabá também se transformar em artistas para evitar o que se chama de disputa desigual. De todo modo, desafinados ou não, eles já são artistas. Por enquanto, o eleitor assiste a tudo de camarote para, em 5 de outubro, escolher o que melhorar se apresentar.
Comentários