Deputados apóiam candidatos de outras siglas
Em busca da ampliação de suas bases eleitorais e já com as atenções voltadas para as eleições gerais de 2010, os deputados viraram cabos eleitorais de candidatos a prefeito que nem sempre são de seus partidos. O petista Ademir Brunetto, por exemplo, é um dos mais rebeldes. Ele não está nem aí para o PT e muito menos para a questão ideológica partidária. No Nortão, onde se concentra sua principal base eleitoral, Brunetto ignora alguns candidatos do seu partido. Um dos exemplos está em Nova Bandeirantes, onde ele apóia Solange, que concorre à sucessão municipal pelo DEM, enquanto o PT tenta reeleger o prefeito Valdir Mendes Barranco.
A posição antipartidária do deputado e empresário em Alta Floresta, onde disputou e perdeu a prefeitura em 2004, tem incomodado a direção estadual do PT, sob o deputado federal Carlos Abicalil. Brunetto já recebeu até Moção de Repúdio de correntes do partido por se opôr à ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, que incentivou a Operação Arco de Fogo, em busca de coibir a exploração ilegal de madeira na Amazônia.
Em Várzea Grande, o deputado Wallace Guimarães, embora não assuma publicamente, resiste à idéia de apoiar para prefeito o ex-governador Júlio Campos, apesar de ambos serem do mesmo partido. Na Capital, o presidente da Assembléia, deputado Sérgio Ricardo (PR), também faz "corpo mole" em relação ao candidato do seu partido ao Palácio Alencastro, empresário Mauro Mendes. Sérgio não assume para a cúpula republicana mas, nos bastidores, já estaria trabalhando pela reeleição do prefeito tucano Wilson Santos. Tanto Sérgio quanto Wallace têm algo em comum: sentiram-se traídos. Eles eram pré-candidatos e foram "patrolados" antes das convenções.
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