Sindicalistas defendem impeachment de Mendes
O mato-grossense Gilmar Mendes, que preside o Supremo Tribunal Federal (STF), a mais alta Corte do Judiciário brasileiro, enfrenta mais um problema. Desta vez, um grupo de sindicalistas ligados à Central Única dos Trabalhadores (CUT) de Brasília protocolou no Senado um pedido de impeachment contra Mendes. Eles argumentam que o ministro teria agido com parcialidade, ao conceder dois habeas corpus ao dono do Grupo Opportunity, Daniel Dantas. Por isso, pedem a "queda" do presidente.
“Não podemos viver com a suspeição sobre um presidente do STF. Ele (Gilmar) não poderia ter despachado o habeas corpus sem passar pelo colegiado”, disse o secretário de imprensa da CUT, Cícero Rôla, autor do documento. Depois de protocolado no Congresso, o pedido de impeachment vai para a Mesa Diretora. Caso seja aceita, a denúncia seguirá para uma comissão composta por 21 senadores, que devem elaborar uma peça acusatória.
Depois disso, o presidente do Senado encaminha o pedido para que o próprio STF autorize o julgamento. Para ser cassado, o processo deve ser aprovado por dois terços dos senadores da Casa. Na semana passada, um grupo de procuradores de São Paulo chegou a cogitar a possibilidade de fazer pedido semelhante, mas a idéia não foi formalizada. Na ocasião, líderes partidários no Senado declararam ser muito difícil a concretização do impeachment do presidente do Supremo.
(Pollyana Araújo com Agência Brasil)
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