Desmatamento apresenta 19% de redução em Mato Grosso
Mato Grosso teve uma redução de 19% no desmatamento em relação aos números verificados em abril pelo sistema Deter - Detecção do Desmatamento em Tempo Real. O relatório divulgado nesta terça-feira (15/07) pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) traz a qualificação dos dados, com o mapeamento das áreas onde foram verificados o corte raso ou a degradação progressiva. Da área total mapeada pelo Deter, 1.096 km2 da floresta amazônica, 646 km2 correspondem ao Mato Grosso, onde a cobertura de nuvens é praticamente zero nesse período, diferente de outros estados da Amazônia Legal, onde se verifica uma maior cobertura de nuvens chegando, em alguns estados, a até 51% de áreas cobertas.
Para o secretário de Estado de Meio Ambiente, Luís Henrique Daldegan, a curva descendente que vem sendo verificada em Mato Grosso desde 2003/2004, quando foram registrados 11 mil Km2 para 2.300 Km2 no período de 2006/2007 se deve à intensificação, por parte do Governo do Estado, nas ações de fiscalização e autuações. "Vamos manter as ações nesse sentido, intensificando as ações de fiscalização e embargo, além de outros programas relacionados ao licenciamento das propriedades rurais", salientou. De janeiro até agora 12 proprietários, o que corresponde a cerca de 20 mil hectares, já tiveram suas áreas embargadas.
Daldegan considerou a decisão do Governo Federal de mudar a metodologia adotada pelo Inpe, passando a qualificar as áreas de corte raso e degradação progressiva um ganho importante para os Estados. A área mapeada pelo Inpe é semelhante a verificada no mês de abril quando foram detectados 1.123 km2 desmatados.
No último mês de maio, quando a região da Amazônia Legal estava com 46% de sua área coberta por nuvens, foram avaliados 241 polígonos de desmatamento. Do total avaliado 88,3% foram confirmados como desmatamento, sendo 59,5% do tipo corte raso e 28,8% de degradação florestal e 11,7% não se enquadraram nestas classes, segundo relatório do Inpe.
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