MP quer barrar candidaturas de Izaura e Romoaldo Júnior em Alta Floresta

O Ministério Público da Comarca de Alta Floresta aguarda, para esta semana, resposa da Justiça Eleitoral quanto aos pedidos de impugnação das candidaturas a prefeito de Romoaldo Junior (PMDB), que já foi prefeito, e da atual prefeita Maria Izaura (PDT) - que tentará a reeleição. O promotor Henrique Schneider Neto quer que a Justiça não conceda registros para os dois, baseado em ações judiciais onde são apontadas irregularidades administrativas.

O promotor aponta que Maria Izaura teve as contas da prefeitura rejeitadas em 2005 (primeiro ano de seu governo) e "houve vários motivos que, em tese, caracterizam irregularidades insanáveis, que podem ser consideradas irregularidades administrativas. É fato que ela está inelegível considerando a decisão do TCE (Tribunal de Contas do Estado)a não ser que ela tenha alguma sentença suspendo a os efeitos desta decisão, que até o momento não é do conhecimento do MPE", declarou, ao Só Notícias.

Henrique Neto aponta que o ex-prefeito Romoaldo Junior tem "antecendentes incompatíveis para o exercício da função. Ele responde mais de 20 ações por improbidade administrativa e ações penais na justiça comum e na federal, ajuizadas pelo Ministério Público. E, baseados nestes processos, considero que ele não tem condições de ser candidato", acrescentou.

Para o promotor, a concessão de registros de candidaturas para Izaura e Romoaldo "ofende a moralidade pública e o MPE quer uma depuração ética já nas concessões dos registros".

De acordo com Henrique Schneider Neto, as coligações de Maria Izaura e Romoaldo Junior entraram com representações, uma contra a outra, também requerendo que a justiça não conceda os registros apontando, basicamente, os mesmos processos que cada um responde. Na prática, as ações das coligações podem ser interpretadas como corretas as medidas propostas pelo MP para que não sejam liberados os registros.

Henrique disse ainda que o MPE não requereu impugnação de candidatos a vereador.