Impugnação atingirá 18 candidatos à Câmara de Cuiabá

O Ministério Público Eleitoral já prepara pedidos de impugnação dos registros de candidatura de 18 candidatos a vereador na Capital. A medida será o resultado da triagem da vida pregressa dos postulantes. Segundo o MPE, nenhum dos cinco candidatos a prefeito será acionado nesse sentido.

O promotor eleitoral Marcos Machado informa que a análise final está sendo feita no MPE. Ele não confirma se parte dos supostos ‘alvos’ do MPE entre os candidatos já são atuais vereadores. Recentemente, levantamento realizado por uma organização não governamental de expressão nacional revelou que alguns dos 19 atuais legisladores do município respondem por denúncias perante a Justiça.

Os pedidos de impugnação têm como principal amparo a relação de condenações e sentenças em primeira instância envolvendo ações criminais, condenações na esfera da improbidade administrativa, contas rejeitadas por órgãos de controle e ainda o peso da quantidade de processos acumulados pelo postulante. Em pedidos já impetrados, alguns postulantes chegam a acumular na ‘ficha’ mais de 20 processos contra si.

Gastos – O MPE também alerta que os gastos de campanha passarão por uma análise minuciosa. O aviso se deu após o prefeito Wilson Santos questionar a promotores se é permitida a apresentação de aditamentos ao orçamento original apresentado à Justiça Eleitoral, ou seja, a correção, para um volume maior, da estimativa de gastos registrada junto com a candidatura.

Durante a reunião, a pergunta era interpretada entre presentes como ‘provocação’ a adversários. Enquanto Wilson apresentou uma perspectiva de gastos da ordem de R$ 5,6 milhões, Mauro Mendes apontou para R$ 3,5 milhões e Walter Rabello para R$ 2 milhões. De acordo com o procurador federal Gustavo Nogami, do Ministério Público Federal, é preciso alertar aos candidatos que supostos excessos à previsão original receberão uma fiscalização redobrada.

“A checagem da prestação de contas será rigorosa. Vamos verificar de onde veio esse dinheiro e se há características de abuso de poder, que podem gerar representações mais à frente”, declara. (JS)