46% dos deputados em MT têm ficha suja, revela pesquisa
Pesquisa feita pela Organização Não Governamental (ONG) Transparência Brasil revela que a Assembléia Legislativa de Mato Grosso é a quarta do país com o maior número de deputados respondendo a processos. Ao todo, 11 dos 24 parlamentares do Estado (46%) aparecem como réus em ações de segundas instâncias nas Justiças estaduais e nos Tribunais de Contas.
Aparecem na lista os deputados: Alexandre Cesar (investigado por prestação de contas falsas na campanha a prefeito em 2004), Gilmar Fabris (que responde a uma ação penal no Tribunal Regional Federal por apropriação indébita previdenciária), José Domingos (que responde por boca de urna e inserção de dados falsos em sistemas de informação quando era prefeito de Sorriso).
Também aparecem os deputados Mauro Savi (acusado de compra de votos), Pedro Satélite (execução fiscal), Percival Muniz (que teve reprovado convênio de sua administração como prefeito de Rondonópolis), Roberto França (responde a três ações penais públicas e foi condenado a duas multas por convênios reprovados quando era prefeito de Cuiabá) e Sérgio Ricardo (alvo de um processo desde 2002 por abuso de poder político).
Os campeões de processos são José Riva e Chica Nunes. Ela é acusada de compra de votos e desvio de recursos na Câmara de Cuiabá, onde presidiu o Legislativo entre 2005 e 2006. Riva é acusado de desvio de recursos públicos, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, ocultação de bens, direitos e valores, abuso de poder econômico e compra de votos.
A pesquisa da Transparência Brasil não inclui litígios de natureza privada. A Assembléia de Goiás é a líder no ranking de parlamentares processados (de 41 deputados, 29 constam no levantamento, ou seja, 71%). O presidente da Assembléia, Sérgio Ricardo (PR), não foi encontrado ontem para comentar o assunto. A Secretaria de Comunicação da Casa pondera que muitos parlamentares são citados por crime eleitoral, menos danoso que improbidade administrativa.
Na Capital - A Câmara de Cuiabá consta na lista com Lutero Ponce (primeiro-secretário da Câmara durante a presidência de Chica Nunes). O TCE, no entanto, lhe eximiu de qualquer responsabilidade. Lueci Ramos aparece como alvo de um processo por improbidade.
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