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Nacional
Quinta - 10 de Julho de 2008 às 20:35

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O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, atendeu aos pedidos dos advogados e determinou a expedição do alvará de soltura em favor do ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta, do investidor Naji Nahas e de outras oito pessoas presas durante a Operação Satiagraha, da Polícia Federal. Na noite de ontem, Mendes já havia concedido habeas-corpus ao banqueiro Daniel Dantas e à irmã dele, Verônica. O banqueiro, no entanto, voltou a ser preso hoje por decisão do juiz Fausto de Sanctis, da 6ª Vara Criminal.

O ministro Gilmar Mendes não quis comentar a nova decisão judicial que determinou a prisão de Daniel Dantas. Na decisão favorável ao banqueiro, o ministro considerou que não há fundamentos suficientes que justifiquem o decreto de prisão temporária dos 11 suspeitos, "seja por ser desnecessário o encarceramento para imediato interrogatório, seja por nada justificar a providência para fins de confronto com provas colhidas".

Apesar do benefício, Dantas foi preso novamente nesta tarde, desta vez por corrupção ativa. A decisão foi do juiz Fausto Sanctis, que entendeu haver indícios de que o banqueiro teria subornado um delegado da Polícia Federal, responsável pelas investigações.

O habeas-corpus em favor de Dantas no STF havia sido enviado ao Supremo no mês passado, com o objetivo de impedir uma eventual ordem de prisão ou de busca e apreensão contra os dois. Dantas, Pitta e Najas são acusados dos crimes de gestão fraudulenta, formação de quadrilha, evasão de divisas, lavagem de dinheiro e uso de informações privilegiadas, entre outros.

Dantas, Pitta e Nahas são acusados, entre outros crimes, por gestão fraudulenta, formação de quadrilha, evasão de divisas, lavagem de dinheiro e uso de informações privilegiadas. O advogado de Nahas foi o primeiro a comentar a decisão. "Independentemente desta decisão, Naji Nahas está e sempre estará à disposição da Justiça", afirmou.

Na Operação Satiagraha, os policiais federais cumpriram 56 mandados de busca e apreensão, sendo 38 em São Paulo, 16 no Rio de Janeiro, um em Brasília e um Salvador. As investigações da PF sobre a quadrilha que desviava recursos públicos começaram há quatro anos como desdobramento das apurações nos documentos apresentados no então caso do mensalão.

Além de Pitta e Nahas, foram beneficiados: Roberto Sande Caldeira Bastos, Miguel Jurno Neto, Carmine Henrique e Carmine Henrique Filho, Antonio Moreira Dias Filho, Maria do Carmo Antunes Jannini, Fernando Naji Nahas e Marco Ernest Matalon. O doleiro Lúcio Bolonha Funaro entrou com pedido de habeas-corpus em separado e também conseguiu liberdade.





Fonte: Redação Terra

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