MPE espera que “GeoObras” reduza ralo da corrupção
Em discurso durante evento que reuniu a classe política de Mato Grosso, o procurador-geral de Justiça, Paulo Prado, voltou a frisar que “a população está cansada de escândalos , mensalão e desvio de dinheiro”. “Há pessoas sem recursos que viram milionários, zombando do povo e com dinheiro roubado da educação e da saúde. O Tribunal de Contas do Estado vai fechar esse ralo”, disse Prado, em referência ao sistema “GeoObras”, lançado nesta quarta-feira pelo tribunal. O sistema deve permitir o acompanhamento de obras por qualquer cidadão a partir de imagens de satélite.
“Os bons empresários estão cansados de serem usurpados”, complementou Prado. De acordo com o TCE, o sistema vai “revolucionar” a fiscalização, pois haverá a possibilidade de intervir ou determinar a correção em obras durante a execução das despesas.
O sistema, cujo desenvolvimento e instalação custaram R$ 400 mil, também vai oferecer imagens terrestres. O TCE deve realizar outros gastos para mantê-lo. O órgão pretende monitorar, inicialmente, obras que somam cerca de R$ 750 milhões.
“Trata-se de mais uma ferramenta de controle. A gente vai poder fiscalizar melhor. Às vezes o governo compra ‘A’ e as pessoas (empresas) querem entregar ‘B’. Então vamos ter mais tranqüilidade (devido ao sistema). Milhares de pessoas vão poder nos ajudar. Caberá ao governo fornecer dados sobre os contratos, prazos, formas de pagamento e aditivos”, comentou o governador Blairo Maggi (PR).
“É um programa inédito no Brasil. Vamos tentar vender essa experiência aos demais estados. E o orçamento do tribunal vai ficar do mesmo tamanho”, acrescentou o conselheiro Antonio Joaquim Moraes, presidente do TCE. Anualmente, conforme o Orçamento do Estado, o tribunal recebe R$ 100 milhões.
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