Deputado desiste de candidatura em Rondonópolis e fica no muro
O presidente regional do PPS, deputado Percival Muniz, que antes fazia oposição ferrenha ao prefeito de Rondonópolis Adilton Sachetti (PR), decidiu ficar neutro no processo eleitoral. Antecessor de Sachetti, Muniz está em cima do muro. Não sabe se apóia Sachetti, de quem foi aliado no passado, ou se junta ao também candidato à sucessão municipal, deputado Zé do Pátio (PMDB), para quem chegou a declarar adesão. Fora da disputa eleitoral, Muniz prefere dizer que a decisão sobre quem apoiar está a cargo da direção do PPS rondonopolitano, sob José Antônio Medeiros, seu afilhado político.
Ele diz que não vai intervir. "O que o partido (municipal) decidir eu apoio, mas também não vou dizer que não vou interferir em nada". O curioso é que por várias vezes, da tribuna da Assembléia, Muniz defendeu a candidatura de Zé do Pátio e fez duras críticas a Sachetti. Chegou a fazer denúncias graves contra o prefeito, como, por exemplo, de ter levado vantagem com a negociação da dívida que o município tinha com a Rede Cemat, o ex-prefeito fica no muro.
O parlamentar conta ainda que desistiu de entrar na disputa em razão do curto tempo que teria durante o horário eleitoral gratuito, o que considera desleal em detrimento dos demais adversários. "Não teria como eu disputar com 50 segundos apenas, enquanto os outros terão 14 minutos", alega.
O embate em Rondonópolis ficou mesmo entre Pátio e Sachetti. O primeiro concorre com apoio do PSDB, que indicou a ex-primeira-dama do Estado, Marília Salles, de vice da chapa. Já o prefeito do PR vai à reeleição com João Antonio, filho do deputado Wellington Fagundes, de companheiro da chapa.
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