Candidatos estimam gastar R$ 12,9 milhões em Cuiabá

Cinco candidatos vão se enfrentar no pleito municipal em outubro em Cuiabá, Mato Grosso. Candidato a reeleição, o prefeito de Cuiabá, Wilson Santos (PSDB) lançou estimativa de gastos de campanha da ordem de R$ 5,6 milhões - a mais alta entre os concorrentes a prefeitura da capital mato-grossense. Depois do prefeito quem mais pretende gastar é o candidato do Partido da República, empresário Mauro Mendes, que apresentou limite de gastos de R$ 3,5 milhões.

O líder de chapa do PP, Walter Rabello, ocupa o terceiro posto, prevendo teto de custos de R$ 2 milhões. O candidato à prefeitura pelo Psol, Mauro César Lara de Barros, apresentou estimativa de gastos de R$ 1 milhão. Entre os cinco postulantes a administração municipal, o candidato do PSB, deputado federal Valtenir Pereira, possui a estimativa mais baixa, de pouco mais de R$ 800 mil.

O presidente do diretório municipal, Ussiel Tavares (PSDB), foi enfático ao destacar a responsabilidade com a prestação de contas. "Fizemos uma estimativa com custo fictício. Todos os nossos gastos serão contabilizados. Mas acho que a justiça eleitoral deve estar atenta para todos os candidatos. Nas eleições passadas ocorreram situações onde candidatos deixaram de declarar todas as despesas e não descarto a possibilidade de isso acontecer novamente", afirmou.

De acordo com a legislação eleitoral, podem doar recursos pessoas físicas respeitando a margem de até 10% do seu ganho anual bruto ao ano anterior a eleição. No caso de pessoa jurídica, ou seja, empresa, a porcentagem é de 2% - também sobre o faturamento bruto referente ao ano anterior ao do pleito.

O candidato do Psol, Mauro César Lara de Barros, projetou estimativa de gastos com a aposta de que poderá chegar no segundo turno. "Não temos recursos nesse momento. Esperamos contar com o apoio dos próprios militantes. Mas indo para o segundo turno, teremos maior apoio da nacional", disse.

Cenário

Apesar de o PDT da capital passar por um racha ainda sem precedentes, tendo realizado inclusive duas convenções, o apoio nos dois atos foi conferido ao prefeito. A vaga de vice na chapa de Santos é ocupada pelo deputado licenciado Chico Galindo (PTB), numa composição que conta ainda com apoio do PDT, PPS, PV, PMN, PSL, PRB, PRTB, PSDC, PTC, PCdoB, PRP e PTdoB. A arquiteta Ana Rita Maciel (DEM) compõe a chapa de Rabello. Ele conta com respaldo ainda do PHS além do PP e Democratas. O candidato republicano Mauro Mendes disputará a prefeitura da capital mato-grossense ao lado da vice indicada pelo PT, ex-deputada estadual Vera Araújo. O PMDB também faz parte da aliança.

O deputado Valtenir Pereira (PSB) e o candidato do Psol, Mauro César, seguem a corrida à prefeitura com chapa pura. A vice de Pereira é a servidora pública Cácila Pires. O vice de Mauro César (Psol) é o presidente regional do partido no Estado, Hélio Brandão.

O número atual de candidatos nas eleições desse ano é inferior ao computado no pleito de 2004. No período, a disputa a prefeitura contou com oito postulantes. No entanto, o atual cenário da disputa a administração da capital sugere a possibilidade de Cuiabá contar com dois turnos - conforme previsão de analistas políticos. Em 2004, Santos derrotou o segundo turno o atual deputado estadual Alexandre César (PT).

Várzea Grande

Várzea Grande, segundo maior colégio eleitoral de Mato Grosso, com 154.436 eleitores, segue o pleito com três candidatos. Além do prefeito Murilo Domingos (PR), que concorre à reeleição, o município conta com Júlio Campos (DEM) e Nico Baracat (PMDB).

Mato Grosso, segundo o Tribunal Regional Eleitoral (TRE), conta com o total de 1.940.270 eleitores. Cuiabá é o maior colégio eleitoral, com 356.495 votantes. O município de Rondonópolis ocupa o terceiro posto no ranking, com 115.025 eleitores. O Estado possui 141 municípios que contarão no pleito de 2008 com 60 zonas eleitorais e 1.533 locais de votação distribuídos em 6,5 mil seções.