Cabo eleitoral pode frustrar eleições limpas no Médio-Norte
O projeto Eleições Limpas, que visa formalizar um acordo com os candidatos a eleições majoritária e proporcional na 17ª Zona Eleitoral, que compreende Santo Afonso, Nova Marilândia, Arenápolis e Nortelândia, lamentavelmente pode acabar não acontecendo, tudo por que os candidatos que supostamente teriam melhor poder financeiro, estão resistindo a idéia de não contratar cabo eleitoral, que embora seja permitido pela legislação eleitoral, é uma forma legal de compra de votos, e permite aos que possuem melhores condições financeira, comprar a consciência do eleitor, com a desculpa de contrata-los para prestar serviços na campanha.
Os candidatos e representantes de coligações dos municípios de Santo Afonso e Arenápolis, se reuniram na manhã desta segunda-feira (07), no plenário do fórum da Comarca de Arenápolis, com a representante do Ministério Público Eleitoral, Clair Voguel e a Juíza da Comarca, Ana Graziela Vaz de Campos, para discutir os pontos do acordo, que emperrou quando o assunto era contratação de cabo eleitoral.
De Arenápolis, os representantes do coligação liderada pelo candidato a reeleição, Oliveira Sampaio (PP), não aceitaram fazer o acordo na sua totalidade, alegando que precisariam ouvir o chefe do executivo sobre o assunto. Os demais candidatos, Farid Tenório (DEM) e José Mauro (PMDB) aceitaram o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), porém os representantes de Oliveira Sampaio, pediram tempo para discutir o assunto e uma nova reunião está marcada para esta terça-feira, no período da tarde, para resolver a questão. Em entrevista a Rádio Regional de Nortelândia, no programa De Olho na Cidade, Oliveira Sampaio, disse que aceitava o acordo, mas seus representantes na reunião protelaram a assinatura do documento.
Em Santo Afonso, onde existem três candidaturas, apenas os representantes da coligação de Silvio Souto (PP), praticamente foram contra tudo, mas acabaram acordando em alguns pontos, esbarrando no principal, a contratação de cabo eleitoral. Os representantes dos candidatos a prefeito, Joab Almeida e Washington, aceitaram todos os termos propostos.
Mesmo diante do apelo da promotora e da juíza da comarca, o acordo não foi formalizado e infelizmente pode colocar por terra a proposta de uma eleição diferente, em que vença a melhor proposta e não a influência econômica. O que se viu na primeira reunião para tratar do assunto é o descaso e principalmente a falta de compromisso das pessoas em mudar a cultura aplicada até agora no processo eleitoral. A grande maioria dos chamados cabo eleitorai, não convencem eleitor nenhum, esse trabalho é melhor desempenhado pelo candidato, que de casa em casa, pode obter um melhor resultado para sua campanha, que aproveitando-se de uma brecha na legislação, compra a consciência do eleitor, contratando-o para trabalhar como cabo eleitoral.
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