PPS decide manter independência em Rondonópolis

O PPS não deve apoiar o prefeito Adilton Sachetti (PR) nem o deputado José Carlos do Pátio (PMDB) na disputa pela prefeitura de Rondonópolis. O partido decidiu durante a convenção realizada na noite de segunda-feira, dia 30, na sede do partido, que irá caminhar de forma independente nas eleições deste ano.

"O PPS não apoiará ninguém. O prefeito Adilton Sachetti não conseguiu um relacionamento para construir o apoio do PPS, de onde ele saiu. O PMDB acha que já ganhou e nos deixou de lado. Solicitamos indicar o vice (de Zé Carlos do Pátio), mas nossa reivindicação não foi aceita. Alguns líderes peemedebistas não demonstraram interesse em estar conosco", afirmou José Antônio Medeiros, presidente do diretório municipal.

A decisão de ficar independente no processo eleitoral deste ano foi tomada de forma unânime na convenção do partido. Segundo Medeiros, a posição homologada pela sigla deve fortalecer o debate democrático na cidade, já que esta decisão é inédita na política rondonopolitana.

“A população vai poder votar em seus candidatos a vereador e escolher o candidato a prefeito que melhor lhe convier. Isso nunca aconteceu na história política da cidade e, com certeza, será um momento importante para a população decidir qual o rumo que ela deseja nestas eleições e no futuro da cidade”, argumentou Medeiros, acrescentando que a chapa do partido tem 19 candidatos a vereador.

Apesar de não se coligar com qualquer outro partido, o PPS pretende fazer dois vereadores com a chapa independente e assim também ser um contraponto dentro da Câmara Municipal e não só durante a eleição.

“Nossos candidatos a vereador vão ser representantes legítimos da população. Vão votar de acordo com os interesses da cidade, pois não precisarão prestar contas de seus atos a qualquer um dos candidatos que sair vitorioso nestas eleições”, garantiu o líder socialista.

Medeiros lembrou que o partido planejava lançar o deputado Percival Muniz, presidente da sigla em Mato Grosso, mas o pequeno tempo no horário eleitoral gratuito no rádio e televisão foi um dos principais motivos que inviabilizou a candidatura própria.

O deputado Percival Muniz, ex-prefeito do município e principal liderança da sigla, destacou que deu autonomia ao partido para definir o melhor caminho a seguir em Rondonópolis. “Eu vou acompanhar a decisão tomada na convenção", resumiu.