90 prefeitos enfrentam reeleição

Dos 100 prefeitos, entre os 141 de Mato Grosso, que podem ser candidatos à reeleição nessas eleições, 90 tiveram os seus nomes homologados nas convenções partidárias, realizadas no final de semana e até ontem à noite. Ou seja: apenas 10% decidiram não concorrer a um novo mandato, a maioria por entender que não tinha chance de vitória.

Os prefeitos que desistiram das eleições são: Juscimeira, Denner Araújo Chaves (DEM); Juína, Hilton Campos (PR); Campo Novo dos Parecis, Sérgio da Costa Beber Stefanelo (PR); Feliz Natal, Manuel Missias Sales (DEM); Santa Carmem, Rudimar Nunes Camasola (PSDB); Torixoréu, João Batista Sá (PMDB); Guiratinga, Hélio Antônio Filipin Goulart ((DEM); Novo Horizonte do Norte, Júnior Ferreira Neves (PP); Nortelândia, Vilson Ascari (PMDB); e Dom Aquino, Maria José Borges (PMDB).

"Não tinha chance de vitória, especialmente devidos aos problemas que enfrentei ao longo dos últimos anos", justificou Denner Chaves, lembrando que foi afastado do mandato por cerca de 30 dias. "Herdei uma Prefeitura endividada e recebei nenhum centavo de FPM". Mas a situação, segundo ele, mudou, desde que conseguiu suspender, na Justiça Federal, o bloqueio automático do Fundo de Participação dos Municípios.

Esse fato, informou, representa R$ 300 mil/mês. "Para Juscimeira é muito dinheiro", observou, ressaltando que essa situação está possibilitando regularizar o pagamento da folha e deixar para o seu sucessor uma situação de equilíbrio. Já Manuel Missias explicou que a sua desistência se deve ao fato do ex-prefeito, Antônio Debastiani (PSDB), entrar na disputa da sua sucessão. "Sou peixe pequeno e essa briga (pela Prefeitura) é de gente grande", enfatizou.

Ex-secretário de Debastiani, o prefeito afirmou que não tem estrutura para entrar na disputa e, por isso, desistiu da reeleição. Já Sérgio Stefanelo pretende retornar as suas atividades, após 31 de dezembro próximo. Ele assumiu a Prefeitura de Campo Novo em abril de 2006, quando o ex-prefeito Jesur Cassol (PR) renunciou ao mandato para disputar uma cadeira na Assembléia Legislativa.