Com 55%, Nelci dá "surra" em todos adversários em Colniza
Em Colniza (a 1.200 km a Noroeste de Cuiabá), municipio mato-grossense que figura nas estatísticas nacionais como o mais violento proporcionalmente do país, o prefeito Sérgio Bastos, o Serjão (PMDB), não apresenta a mínima chance de reconquistar o mandato. Pesquisa do instituto Mark, feita nos dias 4 e 6 deste mês, aponta uma larga vantagem da ex-prefeita, Nelci Capitani (DEM) na corrida pela sucessão municipal. Seu nome aparece com mais de 55% das intenções de voto. Dessa forma, hoje daria uma "surra" nas urnas numa disputa contra o prefeito Serjão, que enfrenta alto índice de rejeição. Ele chegou a ser afastado do cargo por quase um ano. Serjão detém somente 7,8% de preferência. Em 2004, Nelci foi derrotada por Serjão. Ela teve 4.304 votos, enquanto o peemebista se elegeu com 4.848 votos. Agora, ambos voltam a se enfrentar.
A Mark ouviu 449 eleitores. A margem de erro é de 4% para mais ou para menos. A pesquisa foi registrada junto à 11ª Zona Eleitoral de Aripuanã sob número 667/2008.
Na terceira colocação vem Jorge Dias, o Pano por Quilo (PSC), com 4,6%, que aparece empatado tecnicamente com o empresário Joaquim Pinto (PT). O petista é preferido por 5,3% dos entrevistados. Já o também empresário e madeireiro Ênio da Timbó detém 2,4% das intenções de voto, seguido do empresário Nervilho Polle (PP).
Vando da Eucatur (PR) também aparece entre os 15 "prefeituráveis" da lista (estimulada A). Figura com 1,3%, enquanto Zé Cesário é citado por 1,1% dos colnizenses. Com 0,4% vêm os vereadores Valdinei da Silva Moraes, o Polaco (PP), e Elpídio da Silva Meira (PR). Nessa amostragem, 12,5% estão indecisos e 4,9% não souberam ou preferiram não mencionar o pré-candidato de sua preferência.
Numa simulação sem alguns pré-candidatos que figuram com baixo percentual de intenções de voto (quadro B), aumentam as chances da democrata Nelci, assim como de Serjão, apesar da ex-prefeita se manter com uma vantagem "elástica" sobre o peemedebista. Nesse caso, a ex-prefeita é citada por 60,4% dos eleitores e, o prefeito, por 9,1%, o que o coloca numa situação de empate técnico com Pano por Quilo (7,1%) e com o petista Joaquim Pinto (6,9%), já que a margem de erro é de 4%.
Num segundo confronto estimulado em que são acrescentados à lista os nomes de Nervilho e de Vando da Eucatur (estimulada C), a preferência ao nome de Nelci sobe um ponto percentual. Nesse cenário, ela lidera com 61%, enquanto o prefeito Serjão detém 8,5%, seguido de Pano por Quilo figura com 6,9%. Com 2 décimos a menos que o petista e empatado tecnicamnte figura Joaquim Pinto. Nervilho Polle e Vando da Eucatur ficam na "lanterna". São lembrados por 1,3% e 0,7%, respectivamente.
Dadas 6 opções de pré-candidatos, a Mark fez a seguinte pergunta aos entrevistados: "Em quem o senhor votaria para prefeito se as eleições fossem hoje e os candidatos fossem estes". Nada menos que 62,1% disseram que pretendem votar em Nelci (quadro D), enquanto Serjão e Pano por Quilo estão empatados tecnicamente na casa dos 7%, seguidos de Joaquim Pinto, que foi citado por 6,5% dos entrevistados. Nervilho figura com 1,3%. Já o vereador Elpídio, que substituiu Vando da Eucatur nessa estimulada, não foi citado por nenhum dos entrevistados.
Numa outra disputa simulada em que ao invés de Elpídio aparecem os nomes de Ênio da Timbó e Vando da Eucatur, praticamente não houve alteração no quadro, já que Nelci continua com 60% da preferência. Serjão se mantém na segunda posição com 7,8%. Ênio é lembrado por 2,2% dos entrevistados e Vando por 0,7% (estimulada E).
Trabalho de campo
Os pesquisadores da Mark realizaram o trabalho de campo em 17 bairros de Colniza entre os dias 4 e 6. Dos 449 entrevistados, 56,3% são da zona urbana e, 43,7%, da zona rural. Destes, 56% são do sexo masculino e, 45,6%, do feminino. Quanto à renda familiar, 39% ganham até um salário mínimo, 51,7% de um a cinco mínimos; 7,6% (5 a 10); 1,1% acumula rendimentos de 10 a 20 salários e, 0,7%, acima de 20 salários.
Já sobre o nível escolar, 40,1% dos que opinaram são analfabetos ou fizeram apenas o ensino fundamental incompleto; 36,3% têm fundamental completo ou ensino médio incompleto; 11,8% disseram que cursaram o ensino fundamental ou o médio incompleto, enquanto 10,7% têm o médio ou o superior incompleto. Concluíram o superior completo 1,1% dos entrevistados.
Em relação à idade, 4,5% têm entre 16 e 17 anos; 22,7% de 18 a 24; enquanto 28,7% variam de 25 a 34 anos e 20,7% têm entre 35 e 44 anos. Na faixa de 45 a 59 anos estão 17,8% e, com mais de 60 anos, 5,6% do universo de pesquisados.
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