Após vitória na final da Copa, Itália elimina a França da Euro
Com o resultado, a Itália, que jogou com um homem a mais a partir dos 23 minutos (Abidal foi expulso por cometer o pênalti que originou o primeiro gol do jogo), terminou em segundo lugar no grupo da morte, com quatro pontos, dois a mais do que a Romênia, que perdeu em Berna para a líder Holanda (nove pontos) pelo placar de 2 a 0. A França, com um ponto, segurou a lanterna da chave.
O adversário da Itália nas quartas-de-final será a Espanha que, embora ainda jogue nesta quarta pela última rodada do Grupo D, já assegurou o primeiro lugar da chave. A nota triste para a Azzurra ficou por conta dos cartões amarelos levados por Pirlo e Gattuso. Os volantes cumprirão suspensão no jogo deste domingo.
Times entram mudados para o jogo
Para a decisão desta terça, a Itália, assim como a França, modificou pela terceira vez sua escalação nesta Eurocopa. A Azzurra apostou nas entradas de De Rossi e Perrotta no meio (ao lado de Pirlo e Gattuso) e Cassano formando dupla de ataque com Luca Toni. Com isso, o esquema de jogo italiano mudou, de 4-5-1 para 4-4-2. No lado da França, Ribéry foi recuado para o meio, no lugar que era ocupado por Malouda, e Benzema formou dupla de frente com Henry. Na defesa, Abidal, normalmente lateral-esquerdo, foi improvisado na quarta zaga na vaga de Thuram. Na lateral direita, Clerc substituiu Sagnol.
O caminhão de mudanças favoreceu a Itália, que começou o jogo muito melhor do que a França. Panucci, de cabeça, quase abriu o placar para a Azzurra logo no início. Para piorar a situação da França, Ribéry se machucou aos nove minutos e deu lugar ao jovem Nasri.
Pênalti e expulsão resolvem o jogo para a Itália
Dona do jogo, a Itália ameaçou com Luca Toni, que bateu da entrada da área e assustou Coupet. Aos 23, no entanto, não teve jeito. O centroavante italiano foi lançado na área, dominou e, quando ia bater, foi derrubado por trás pelo improvisado Abidal. Pênalti e cartão vermelho para o francês. Na cobrança, aos 25, Pirlo bateu sem chances para Coupet.
Para recompor a defesa, o técnico Raymond Domenech foi obrigado a sacar Nasri para lançar Boumsong. Com um a mais em campo, a Itália seguiu bem e teve as melhores chances de gol até o intervalo. Grosso, em cobrança de falta, carimbou a trave de Coupet.
Nos minutos finais do primeiro tempo, a França apresentou alguma melhora e teve até uma ou outra oportunidade. Na melhor delas, Henry girou no lado direito da área, mas bateu rasteiro para fora. Benzema também procurou tabelar com o colega de ataque e incomodou a defesa italiana, mas a França não foi capaz de fazer sequer uma finalização na direção do gol de Buffon.
Lance de sorte sela a vitória da Azzurra
No segundo tempo, a França voltou animada em busca da virada, única hipótese de a seleção conseguir a classificação às quartas-de-final. Henry chegou a acertar a mira em chutes para o gol, mas Buffon não teve dificuldades para defender.
Com um a menos, entretanto, o ímpeto da França foi gradualmente diminuindo. O golpe de misericórdia da Itália aconteceu aos 17 minutos, num lance de sorte. De Rossi soltou a bomba em falta cobrada da intermediária. A bola desviou em Henry, que estava na barreira, e matou o goleiro Coupet.
O técnico Raymond Domenech ainda tentou a medida desesperada de lançar o atacante Anelka na vaga do meia Govou. Mas a Itália soube valorizar bem a posse de bola e não correu muitos riscos até o apito final.
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