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Nacional
Terça - 17 de Junho de 2008 às 10:17

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Começam na tarde desta terça-feira, no Fórum de Santana, zona norte de São Paulo, os depoimentos das primeiras testemunhas do caso Isabella Nardoni, morta no dia 29 de março. A garota foi jogada pela janela do sexto andar do edifício London, do apartamento de seu pai, Alexandre Nardoni. Ele e sua mulher, Anna Carolina Jatobá, madrasta de Isabella, foram denunciados pelo crime e estão em prisão temporária.

As primeiras testemunhas a depor ao juiz Maurício Fossen devem ser as de acusação, arroladas pelo promotor Francisco Cembranelli, responsável pela denúncia e pelo pedido de prisão preventiva. Os depoimentos devem terminar só amanhã.

Entre as testemunhas de acusação estão a delegada Renata Pontes, uma das principais responsáveis pela investigação, a mãe de Isabella, Ana Carolina Cunha Oliveira, e peritos que estiveram no apartamento de onde a garota foi jogada e examinaram o corpo da garota.

Desde que a Justiça aceitou a denúncia contra o pai e a madrasta de Isabella, apenas os dois acusados depuseram. Alexandre e Jatobá se queixaram ao juiz que sofreram pressão dos delegados --Pontes e Calixto Calil Filho-- e reafirmaram a tese que apresentaram desde o dia do crime.

Segundo os acusados, a família --o casal, Isabella e os outros dois filhos deles-- chegaram ao edifício no carro dele no fim da noite. Alexandre subiu sozinho, deixou Isabella no apartamento, voltou para pegar a mulher e os outros filhos. Ao chegar novamente em casa, viu que a filha havia sido jogada.

A versão da polícia é diferente. O casal e as três crianças teriam deixado o carro e subido todos juntos para o apartamento, onde Isabella, já ferida na cabeça, foi deixada no chão. Alexandre, em seguida, teria cortado a tela de proteção de um dos quartos e jogado a filha pela janela, simulando assim a invasão do apartamento.

Os advogados do casal Nardoni já protocolaram junto à Justiça a lista de testemunhas de defesa do pai e da madrasta de Isabella. São 32 nomes --16 para cada réu. Cada um tem direito a oito testemunhas em cada crime --eles respondem por homicídio e fraude processual. Com isso, os advogados decidiram listar o máximo de testemunhas permitido.

O depoimento deles deve ser marcado para os próximos 40 dias.

Presos

Três desembargadores da 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo negaram no último dia 10, por unanimidade, o pedido de liberdade do casal. Caio Canguçu de Almeida, Luis Soares de Mello Neto e Euvaldo Chaib Filho alegaram a manutenção da ordem pública como principal motivo para não atender ao pedido.

Nardoni e Anna Carolina permanecem presos em penitenciárias de Tremembé (147 km de São Paulo). A defesa também tentou recorrer ao STJ (Superior Tribunal de Justiça), sem sucesso.





Fonte: Folha Online

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