Capital tem 400 candidatos à briga por 19 vagas
As primeiras projeções nesta fase de pré-campanha eleitoral apontam que Cuiabá terá cerca de 400 candidatos a vereador, uma média de 21 por vaga. Em 2004, foram 358 concorrentes às 19 cadeiras no legislativo cuiabano. Cada vereador ganha hoje R$ 7,5 mil. Tem direito a mais R$ 4 mil de verba indenizatória, a 14 assessores e a outros privilégios. A Câmara, que recebe um duodécimo de R$ 1,6 milhão e tem mais de 600 servidores, realiza somente 2 sessões por semana.
Outra situação que contribuirá para um maior acirramento na disputa a vereador é o fato de não haver aumento do número de vagas, de 19 para 25, como chegou-se a projetar. Ocorre que havia expectativa da entrada em vigor da PEC 333, de 2004, que resulta na elevação da quantidade de vagas nos legislativos municipais. Em apenas uma semana no mês passado, a Proposta de Emenda Constitucional foi aprovada nas 2 votações na Câmara Federal. O problema é que agora o Senado posterga a sua apreciação. Se não aprová-la até o final deste mês, não será possível "mexer" na composição das câmaras.
Diante do número elevado de pré-candidatos a vereador e da estratégia de alguns de preparar um bom caixa para a campanha, o coeficiente eleitoral deve subir para 15 mil votos, considerando o universo de 360 mil eleitores, com perspectiva de chegar a 280 mil votos válidos. Dessa forma, cada candidato só se elegerá se seu partido ou coligação atingir esse montante de voto para cada cadeira conquistada. No último pleito, em 2004, o coeficiente foi de 14.645 votos.
Estratégias
Para fugir do tradicional e pregar "o diferente" em suas mensagens em busca do voto, os pré-candidatos montam estratégias. O acadêmico de Direito, Pedro Calazans, por exemplo, integra a nova safra de jovens que sonham com uma cadeira de vereador pela Capital. Ele tem 22 anos e está filiado ao PTB que, curiosamente, é uma das siglas mais antigas do país. Foi fundada em 1945 (há 63 anos).
O pré-candidato petebista conta que faz trabalho social desde os 15 anos, quando atuou na Juventude Demolay. A Ordem DeMolay é a maior organização fraternal juvenil do mundo, de fins filosóficos e filantrópicos, na qual só podem ingressar jovens de idade entre 13 e 21 anos. O nome de Pedro Calazans não figura na lista dos pesquisas de intenção de voto. Ele acha, porém, que sua mensagem será o diferencial. Não vai pedir mais segurança, saúde, educação e habitação, coisa de quase todos fazem durante a campanha. Seu lema é um só: o social, em que pese estar vinculado aos demais setores.
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