João Malheiros será investigado por desvio

Mais um deputado estadual que também foi presidente da Câmara Municipal de Cuiabá, João Malheiros (PR) e o também ex-presidente e ainda vereador Luiz Marinho (DEM) devem ser investigados pela Delegacia Fazendária no esquema de desvio de recursos do Legislativo Municipal Cuiabano. Indícios apontam para a necessidade de ampliação nas investigações, ou seja, existe um forte vinculo de que as irregularidades foram montadas lá atrás e veio passando de gestão para gestão, ou seja, os vereadores presidentes compartilhavam e desfrutavam dos mesmos.

Mesmo os indícios, retornando apenas alguns anos, não é descartada a possibilidade de que outros ex-presidentes estejam envolvidos, inclusive dois que foram deputados estaduais.

Depois do escândalo, a Delegacia Fazendária estenderá as investigações sobre a gestão financeira da Câmara Municipal de Cuiabá além da administração da ex-presidente e atual deputada, Chica Nunes (PSDB), por causa de indícios de que o esquema do desvio de recursos não teria se dado somente nos anos de 2005 e 2006. Novas investigações, no entanto, somente depois de encerrado inquérito sobre a gestão Chica Nunes.

As autoridades tem em mãos cópias de notas fiscais que comprovam que as mesmas empresas montadas para forjar vendas, tiveram relações comerciais em pelo menos duas outras gestões: a dos ex-presidentes João Malheiros (2001/2002) e Luiz Marinho (2003/2004). Os delegados têm até ordens de pagamento emitidos em favor da Rio do Sol Papelaria, Móveis e Máquinas LTDA, datada de 28 de novembro de 2001, e com valor de R$ 79,3 mil, e outra emitida pela RFLO, que tem valor de R$ 79,8 mil.

Sobre a gestão de Marinho, funcionários da agência Unibanco Pantanal, a mesma usada pelo empresário Silas Lino de Oliveira para sacar dinheiro na gestão de Chica, disseram que ele efetuava diversos saques com ordens de pagamentos. Silas efetuava saques de até R$ 100 mil/mês e saía com o mesmo nas meias. Novas investigações devem ser anunciadas após o indiciamento de Chica Nunes, dia 30, após ser ouvida em interrogatório na AL.