TJ já vive disputa pela vaga da aposentadoria de Feguri
A disputa que acontece nos bastidores elenca uma série de interesses, pois como ele foi indicado na década de 90 pelo quinto constitucional previsto para a Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Mato Grosso (OAB/MT), seis nomes serão escolhidos para comporem a lista sêxtupla que será remetido ao Órgão Especial.
Daí retira-se três nomes a serem remetidos em lista tríplice para o governador Blairo Maggi (PR), que então terá a prerrogativa de escolher um deles e nomeá-lo. Até a publicação da nomeação em "Diário Oficial", a decisão final é do governador, depois cessam qualquer tipo de ligação entre o Executivo e o indicado, que tem autonomia, inamovibilidade e irredutibilidade em seus vencimentos, que atingem somente de salário R$ 24,5 mil, mais verba indenizatória.
Pressão - As pressões em relação ao processo de escolha dentro da OAB/MT são as mais variadas possíveis, pois alguns setores defendem que os seis nomes a serem colocados na lista sêxtupla deveriam ser eleitos pelos próprios advogados e não apenas por alguns, como deseja a atual direção da OAB. Já para o presidente da OAB, Francisco de Anis Faiad, a escolha tem que ser feita pelo Conselho da OAB/MT após inquirição pública dos candidatos, o que é um processo bem menos democrático do que a eleição.
Fora isso, a alternância dentro do Poder Judiciário quebra a hegemonia de grupos políticos que se digladiam pelo poder entre os 30 desembargadores, sendo que apenas 18 fazem parte do Órgão Especial, inclusive o próprio Munir Feguri. Há pelo menos quatro anos, o Órgão Especial tinha 20 dos 30 desembargadores, e foi reduzido a 18 com as aposentadorias compulsórias dos desembargadores Flávio Bertin e Ernani Vieira de Souza.
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