TRE vai "atravessar" campanha julgando infiéis
Num ritmo médio de julgamento de 5 processos por sessão, o Pleno do Tribunal Regional Eleitoral, sob o desembargador Leônidas Duarte Monteiro, vai atravessar todo o período da campanha dos candidatos a prefeito e a vereador mantendo na pauta apreciação de processos contra os chamados infiéis. Dos 478 pedidos de cassação, somente 66 foram julgados até agora e 110 extintos. Restam 302. Perderam o mandato 39 vereadores e mais o deputado estadual Walter Rabello, todos por causa do troca-troca partidário.
Muitos processos não avançam por causa de manobra da defesa, que arrola testemunhas difíceis de serem localizadas para intimação. Mato Grosso é um dos Estados que mais registram situação de parlamentares acusados de infidelidade partidária. Eles apostaram na impunidade. Quase todos mudaram de sigla após 27 de março do ano passado, mesmo já sabendo da validade da regra pró-fidelidade a partir daquela data. Estavam convictos de que não seriam punidos.
A Justiça Eleitoral acabou acumulando cargo processual nunca vista. Assim, terá de estabelecer duas frentes, uma pela organização das eleições municipais nos 141 municípios mato-grossenses e, a outra, voltada a julgar os infiéis. Corre-se o risco até do mandato parlamentar de vereador terminar em 31 de dezembro deste ano e, até lá, o TRE não ter apreciado todos os processos.
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