Minc está equivocado a respeito do desmatamento, diz Homero

O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, presente em café da manhã promovido por ambientalistas, na Câmara dos Deputados, afirmou querer ampliar moratória aos produtos agropecuários oriundos de áreas com restrições ambientais. Também disse estar negociando parceria dos estados pertencentes ao bioma amazônico para leiloar madeiras apreendidas em operação de fiscalização.

O deputado federal Homero Pereira (PR-MT), conhecido por defender o setor rural, disparou criticas acirradas contra as medidas pretendidas pelo ministro. De acordo com o parlamentar, são ações de remendo e defensivas, quando, para evitar desmatamento ilegal e manter floresta existente, deveria ser pró-ativa e de inclusão.

“Por que, em vez de leiloar carga de madeira, não promove política que mantenha a árvore em pé?. A idéia deveria ser pró-ativa e não coercitiva. De inclusão, não exclusão. Ele deveria pensar ações que aproximassem os agricultores na implantação das políticas ambientais. Porém, vejo que o intuito não é evitar o desmatamento efetivo, em manter a floresta que existe”, criticou Pereira.

Minc disse ainda que o governo vai se empenhar para barrar o Projeto de Lei 6424/2005, que altera o Código Floresta. Segundo o ministro, o projeto não vai ajudar a amazonia.

Homero Pereira, que foi relator do PL na Comissão da Agricultura, discorda do ministro e diz que, com essa postura, o governo presta um desserviço à sociedade e ao meio ambiente. E diz que o ministro não entendeu a proposta e comprou discursos das Ongs ambientais xiitas. Para o parlamentar, o PL é um instrumento que vai estimular os agricultores a pensar no meio ambiente como parte de sua atividade rural.

“Ao contrário do que propagam os ambientalistas, o PL não irá estimular o desmatamento, ao contrário, vai possibilitar aumento na cobertura vegetal de floresta. É preciso deixar dogmas de lado e olhar de forma menos apaixonada para enxergar o ganho ambiental que propõem o projeto”, reiterou Homero Pereira.