Wilson Santos insiste em Thelma ou Avalone de vice
O tucanato nem passou pelo teste das urnas deste ano e já pensa nas eleições de 2010. Sob articulação de Antero de Barros, José Antonio Rosa, Aparecido Alves e Oscar Soares, o prefeito Wilson Santos vive sob pressão para concorrer a um novo mandato com chapa pura. O grupo se divide entre as indicações da deputada federal Thelma de Oliveira ou de Carlos Avalone. Enquanto isso, os demais partidos que já anunciaram aliança com Santos, como PTB, PPS e PDT, se vêem na bronca porque concluíram que a composição majoritária já estaria previamente formada. O mais empolgado é Avalone, suplente de deputado estadual e ex-secretário de Indústria e Comércio do governo Dante de Oliveira (1997/2002). Thelma já avisou que não tem interesse, mas, nos bastidores, alimenta a discussão em torno do seu nome para vice. Apesar da tese da chapa pura ganhar força interna, Santos mantém o discurso de que caberá a um conselho com representantes do arco de alianças a definição da vice. O posto passou a ser disputado porque, no caso de vitória nas urnas de 5 de outubro deste ano, o vice deverá vir a comandar a Capital por mais de dois anos. Ocorre que o nome do prefeito, empurrado pelo grupo do PSDB, já é alardeado como futuro candidato a governador, em 2010, o que o obrigaria a renunciar ao mandato de gestor em Cuiabá.
Foi por falta de perspectiva de indicação do candidato a vice-prefeito que o PMDB rompeu com o tucanato e, nesta sexta, fecha aliança com o pré-candidato do PR, empresário Mauro Mendes, uma das ameaças à reeleição de Santos. No acordo com o prefeito, o PMDB recebeu a promessa de cargos na atual administração e também a garantia de que indicaria o nome para vice-prefeito.
Uma semana depois, o tucano repensou a proposta e, pressionado pelo seu grupo, não deu mais tanta garantia de que os peemedebistas ficariam com a vaga. Um dos argumentos foi de que o prefeito, que sonha em concorrer ao Palácio Paiaguás, não poderia, se reeleito, entregar a prefeitura para outro partido, sob pena de perder um dos alicerces que sustentariam seu projeto de ser governador.
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