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Politica Brasil
Quinta - 05 de Junho de 2008 às 21:22

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“Não importa ser pequeno, o problema é ser sozinho”. Com esta frase Cláudio Veras, consultor do Programa de Desenvolvimento Sustentável do Centro Oeste Mineiro, resumiu a necessidade de associativismo. Ele falou no V Encontro Estadual de Prefeitos Mato-grossenses, na manhã desta quinta-feira, 05/06, no Centro de Eventos do Pantanal, em Cuiabá, a convite do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas em Mato Grosso (Sebrae/MT) parceiro da Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM) na realização do evento, aberto na quarta-feira.

Ele destacou que é preciso parar de prestar atenção no próprio umbigo e olhar para a frente e para os lados para perceber todas as possibilidades e oportunidades. Segundo Veras, existem várias formas de promover o empreendedorismo no município, uma delas é usando a Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas, especialmente no que diz respeito à desburocratização para a abertura de novas empresas e as compras governamentais. “Os prefeitos não imaginam o potencial que representam as compras governamentais para modificar a realidade econômica do município”, destaca, acrescentando que “não é só a quantidade de dinheiro que traz riqueza, mas também a velocidade com que esse dinheiro circula”.

Ele destaca que dos 26 estados, somente 13 já têm leis estaduais que normatizam a Lei Geral das MPEs. “Entre os municípios, os das regiões Sul, Sudeste e Norte estão mais avançados”, aponta, citando como exemplo o município de Cariacica, no Espírito Santo, que registrou a maior quantidade de abertura de empresas do Estado, por causa da mudança na legislação. Foram criados 800 novas empresas e gerados 2.800 empregos, o que deu ao município o título de mais dinâmico do País.

Outro ponto levantado por ele como imprescindível para o desenvolvimento do empreendedorismo municipal são as ações cooperadas. Veras explica que existem vários modelos de associativismo e que cada região deve optar pelo que julgar mais conveniente e destaca algumas vantagens dessa união, tais como o compartilhamento de maquinário, de projetos de infra-estrutura, como saúde e tratamento de efluentes, sem falar na abrangência e na representatividade política que se tornam muito maiores. “Recursos existem, não são um problema, mas os organismos internacionais sempre exigem abrangência dos projetos, que muitas vezes um município sozinho não tem”, exemplifica.

Ao falar sobre o Programa de Desenvolvimento Sustentável do Centro Oeste Mineiro, que envolve 77 municípios, destacou a representatividade política obtida. “A região passou de 2 para 5 deputados estaduais e de 3 para 6 federais. Em 2001 recebeu a visita do então presidente Fernando Henrique Cardoso, nas eleições de 2003, todos os candidatos à presidência foram à região e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva também já foi conhecer o projeto”. Ele ressaltou ainda os ganhos em termos de infra-estrutura. “Os municípios conseguiram duplicar a rodovia MG-050, um eixo importante para a região. Fui feita a primeira Parceria Público Privada (PPP) do País e a rodovia começa a operar privatizada no dia 13 de junho”.





Fonte: AMM/Assessoria Sebrae

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