Deputado defende tratamento diferenciado para MT
Incentivados pelo governo federal, milhares de migrantes foram parar nessas regiões inóspitas, enfrentando o grande desafio que representava a floresta amazônica, a malária, a falta de infra-estrutura de transportes, de saúde e de educação. Naquela época, ensinaram a esse povo que o progresso significava abrir estradas, construir pontes, abrir novas cidades. Um dos ícones desse período é a construção da Transamazônica e o lema era “integrar para não entregar”.
A conquista do Oeste e o foco da reforma agrária apontavam para o Norte de Mato Grosso. Famílias inteiras deixaram o Sudeste e o Nordeste do País rumo aos projetos de colonização. Mesmo sem a garantia do título definitivo da terra, essas famílias abandonavam tudo, viajando de ônibus e caminhão durante pelo menos quatro dias. Antes de produzir, plantar, semear, lutar pelo crédito no banco e enfrentar a malária, “comiam” barro ou poeira na BR-364, a partir de Cuiabá.
“Pois bem. Em 30 anos, esses migrantes cumpriram com a sua missão e construíram novas cidades, ocuparam o campo, geraram riqueza e mudaram a economia de Mato Grosso e do Brasil. Quem hoje vê cidades como Itaúba, Alta Floresta, Sinop, Sorriso, Nova Mutum e tantas outras do Norte de Mato Grosso não imagina o sofrimento vivido pelos migrantes na construção dessa nova realidade econômica e social naquela região do Brasil”, disse ele.
Segundo o parlamentar, esses mesmos migrantes, que ganharam incentivos do governo federal com a oferta de terras baratas e subsídios para a produção não podem ser chamados hoje de “devastadores da floresta amazônica”.
Para ele, o Brasil precisa reconhecer a importância de Mato Grosso na produção de alimentos não só para os brasileiros, mas para o mundo todo.
Para o parlamentar, o que Mato Grosso reivindica é o reconhecimento de sua importância para o mundo quando se trata de produção de alimentos.
O deputado acredita que este é o momento de construção de um novo modelo produtivo e o mesmo produtor rural, “que adota hoje as mais modernas tecnologias existentes no mundo para aumentar a sua produtividade, não se nega em respeitar o meio ambiente e, certamente, não se negará a construir um novo modelo produtivo, que deve levar em consideração a capacidade de produção no campo e a necessidade de preservação de nossos recursos naturais”.
“Não há como fugir. Esse novo modelo terá que ser construído e o produtor rural não irá se negar a participar, com inteligência, da construção dessa nova realidade”, avalia.
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