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Nacional
Quinta - 05 de Junho de 2008 às 15:13
Por: Laryssa Borges/Direto de Brasí

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a defender a preservação da Floresta Amazônica e condenou mais uma vez os críticos que afirmam que a flora e fauna locais deveriam ser consideradas patrimônio da humanidade. O presidente, que participou do Dia Mundial do Meio Ambiente, no Palácio do Planalto, combateu o que classificou de "palpiteiros" e afirmou que o Brasil deve respondê-los "de forma categórica".

"É impressionante a quantidade de pessoas que acham que a Amazônia é igual a água benta na igreja. Todo mundo acha que pode colocar o dedo. Todo mundo acha que pode dar palpite", declarou Lula após assinar decretos de criação de unidades de conservação da região amazônica.

O presidente utilizou uma metáfora para criticar ainda entidades que atuam na floresta sem o aval do governo brasileiro. "É importante que quando as pessoas entram na casa da gente elas peçam licença para abrir nossa geladeira", declarou.

Lula, que na semana passada participou de uma reunião mundial do Fundo das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), disse estar pronto para debater medidas de preservação das florestas e de combate ao aquecimento global.

"Não é que não queremos ajuda, não é que não queremos construir projeto conjunto, mas não podemos permitir que as pessoas tentem ditar as regras do que nós temos de fazer na Amazônia. Posso dizer que palpites não faltam. Palpites de pessoas que não têm autoridade política para fazer isso, de pessoas que emitem CO2 como ninguém", avaliou.

"Senti um pouco na FAO o quanto vamos ser atacados, inclusive sobre a questão amazônica. Não temos preocupação de fazer o debate que eles tanto nos provocam sobre o desmatamento. Não creio que tenha no mundo um exemplo igual ao nosso".

Segundo o presidente Lula, o estabelecimento de marcos regulatórios para o meio ambiente e a aprovação de leis ambientais pelo Congresso dão ao Brasil uma "vantagem comparativa" diante das demais nações.

"É uma vantagem comparativa em que podemos dizer que não desmatamos terras na Amazônia de forma predatória, que retiramos mogno da maneira correta, que temos certificações. Isso se transforma em vantagens imensas nesses debates internacionais, sobretudo na OMC (Organização Mundial do Comércio), onde o jogo é pesado e ninguém quer abrir mão de legislação". nada", disse.

No cenário interno, explicou, "temos que ser duros com os cidadãos que estão desmatando (...) e eles têm que receber um castigo da legislação", concluiu.

O presidente assinou os decretos de criação de três novas reservas na Amazônia e anunciou um projeto de lei que institui uma Política Nacional de Mudanças Climáticas.

Lula criou duas novas reservas de extração e um parque natural que somam cerca de 2,6 milhões de hectares de zonas ambientais protegidas. Trata-se das reservas de extração do Médio Xingu (303,8 mil hectares) e Ituxi (776,9 mil hectares), nos Estados do Pará e do Amazonas, e do Parque Nacional de Mapinguari (1,6 milhão de hectares), no Amazonas.

As áreas foram declaradas como reservas, segundo o governo, para preservar ecossistemas de grande importância e em desenvolvimento do Plano Amazônia Sustentável e das políticas voltadas a combater o desmatamento da região amazônica.

Com informações da Efe





Fonte: Redação Terra

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