Eleição para presidente do Crea vira confusão
O clima está tenso na sede do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea-MT) em Cuiabá, onde está localizado um dos pontos de votação para eleição do novo presidente da instituição. Uma confusão foi armada na tarde desta quarta (04) liderada pela arquiteta Anelise Andrade Pereira.
Segundo Anelise, ela é registrada no Crea da capital desde 2003 e sempre recebeu os boletos da anuidade em sua casa que fica na capital. Só que ao ir à sede do órgão para votar foi informada de que teria que se dirigir até Várzea Grande, isso porque o endereço cadastrado no sistema informava que a arquiteta morava na cidade vizinha. “Nunca morei neste endereço e os boletos da anuidade, da qual pago em dia, sempre foram enviados para minha casa, como agora na hora de votar não eles falam que meu endereço é outro. Cumpro com as minhas responsabilidade e agora não posso nem votar”, questiona.
Mas apesar da manobra do órgão para fazer Anelise desistir de votar, a arquiteta não abriu mão de seu direito e foi até Várzea Grande indicar seu candidato. "Atrasei com uma cliente para ir até Várzea Grande votar porque acho importante e não aguento mais esta desorganização", informa.
A arquiteta também estava revoltada com a atitude do atual presidente, Tarcísio Bassan, que tenta a reeleição, presenciou seu problema e disse que não poderia fazer nada. "Fala sério, tem cinco anos que sou registrada no Crea de Cuiabá, nunca executei um serviço em Várzea Grande, nunca morei no endereço citado e eles me falam que é um problema de Brasília que alterou meu endereço. Isso é me fazer de palhaça. É uma total desorganização", desbafa.
Indignada com a desorganização da instituição, Anelise relata várias falhas do Crea. De acordo com a arquiteta toda vez que precisa fazer um projeto é necessário pagar pela Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) e ao terminar tem que ir até o órgão dar baixa. Só que é muito comum, mesmo com a regularização dos documentos, o Crea informar que o associado está em débito. Ela diz que já foi cobrada duas vezes pela instituição por causa das ART´s, das quais ela possui a cópia da baixa.
Outra denúncia feita por Anelise é que ao pagar a ART, o Crea solicita que o profissional informe para que instituição quer que o dinheiro seja repassado e apesar de todas as vezes ter indicado o Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB), soube que há cinco anos o órgão não recebe o repasse.
O caso de Anelise não foi o único. Uma engenheira da cidade de Água Boa não pode votar porque estava lotada em Cuiabá. Além disso, alguns profissionais foram impedidos de entrar na sede do Crea para votar. Uma parcial do resultado deverá ser divulgado ainda hoje. Só que o resultado oficial será anunciado somente nesta quinta (05).
Briga
Os ânimos já estão acirrados desde terça, quando o Adjane da Silva Prado, coordenador da campanha da engenheira Suzan Lanners, candidata a presidência, foi agredido pelo atual diretor financeiro do Crea, Juarez Samaniego.
Segundo Adjane ele fotografou funcionários da intituição usando camisetas do candidato à reeleição Tarcísio Bassan, de acordo com o regulamento eleitoral não é permitido que funcionários expressem apoio a qualquer candidato.
Adjena fez o exame de corpo e delito e registrou um boletim de ocorrência contra Juarez.
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