Câmara abriga vereador de MT que confessou assassinato de 2 policiais

As diferentes versões dadas pelo vereador Joaquim Vilela da Silva, o Pitico Vilela (PTB), para sua prisão no dia 21 de maio deste ano, em Porto Velho, não são verdadeiras. Ainda na delegacia, em entrevista ao programa Comando Policial, apresentado pelo jornalista Augusto José na TV Alamanda (SBT), Pitico disse que havia sido envolvido em um homicídio em Mato Grosso que, na verdade, teria sido praticado por um irmão já falecido. Depois de ter a prisão revogada, o vereador inventou mais uma tentativa de explicação. Nessa nova versão, ele não passa de simples testemunha.

Na verdade, Pitico Vilela - conforme ele mesmo confessou - matou dois policiais e feriu um terceiro em pleno centro da cidade de Terra Nova do Norte (MT), por volta das 10 horas do dia 11 de março de 1995. Segundo a denúncia do Ministério Público, Pitico e os irmãos usaram armas de vários calibres ("de chumbo e bala") para assassinar os policiais José Francisco da Silva e Carlos Janucci e ferir gravemente José Iran da Silva. As vítimas eram policiais da delegacia de Terra Nova do Norte.

Para executar o crime, ainda de acordo com a denúncia do MP, Pitico contou com os irmãos - inclusive um menor de idade - e “dois companheiros de bando”.

O policial José Hiran sobreviveu porque, apesar de ferido, embrenhou-se no mato, escondendo-se. José Francisco tombou morto. Carlos Janucci, que estava próximo da delegacia, aproximou-se e também caiu crivado de balas.

Na época, ao ser interrogado em Mato Grosso, Pitico Vilela confessou espontaneamente ter assassinado os dois policiais e ferido o terceiro. No último dia 21, em Porto Velho, ele foi preso casualmente por patrulheiros da Polícia Rodoviária Federal durante uma abordagem de rotina. Levado para o presídio Urso Panda, Pitico teve sua prisão revogada no dia 29 de maio pelo juiz Érico Almeida Duarte, do MT, e vai aguardar julgamento em liberdade.