Alexandre Cesar assina a Carta de Mato Grosso
A carta de Mato Grosso é uma tentativa de evitar que o Estado seja prejudicado em alguns aspectos da reforma tributária. Ela traz nove itens. O primeiro pede uma repartição mais equitativa das receitas entre os três entes da Federação: União, Estados e Municípios. A alegação é a assimetria atual sofrida, sobretudo pelos estados e municípios, no bolo da receita tributária.
O segundo item da carta solicita que a competência tributária dos estados e municípios seja mantida, como um dos fundamentos do pacto federativo brasileiro, ao contrário do que propõe atualmente a reforma tributária, impedindo os Estados de legislar sobre o ICMS. O terceiro item pede a criação do Fundo de Equalização de Receitas (FER), para compensar eventuais perdas de receitas decorrentes da reforma proposta.
O item quatro sugere que o Fundo Nacional de Desenvolvimento Regional (FNDR) cumpra suas novas tarefas: de servir de estímulo para atração de investimento (agora sem o atrativo dos incentivos fiscais) e também atender às novas modalidades de investimentos. A carta de Mato Grosso se manifesta contra a tributação "por dentro" do IVA-F e do novo ICMS, conforme prevista na proposta de reforma atual. Ela também reivindica a desoneração de bens de capital; a manutenção da compensação à desoneração das exportações; a manutenção e convalidação dos incentivos fiscais; o apoio às emendas que aperfeiçoam a PEC 233/08.
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