Homero teme crítica se Maggi o nomear à Sema
O deputado federal e presidente licenciado da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado (Famato), Homero Pereira (PR), disse que não é a pessoa mais indicada para substituir Luis Henrique Daldegan no comando da secretaria estadual de Meio Ambiente (Sema), sob argumento de que possui um grande vínculo com o setor produtivo. "Sou uma pessoa muito ligada ao setor. Acho que deve ser alguém com um perfil mais técnico", disse. Ele afirma, porém, que se for convidado pelo governador Blairo Maggi para assumir a pasta vai avaliar toda a conjuntura. "Se ele (Maggi) me convidar vou avaliar certinho".
O teste ao nome de Homero para a pasta já vendo sondado pelo governador. Homero avalia que, caso seja nomeado ao cargo, o governador será muito criticado. "Do jeito que as coisas são, já vão querer criticar o governador Blairo Maggi por querer flexibilizar a questão". Desse modo, enfatiza que tem como ajudar a questão ambiental do Estado, um tanto fragilizada, sem haver necessidade de assumir a secretaria.
Quanto à forma como Daldegan vem conduzindo a Sema, Homero diz que a pasta é muito complexa e vive sob a mira dos órgaos ambientais federais, como o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). "Conviver com esse pessoal do Ibama é dificílimo, ainda mais porque Mato Grosso está sempre no foco". O presidente licenciado da Famato é mais um dos que acreditam que o Zoneamento Sócio-Econômico e Ambiental, em discussão na Assembléia Legislativa, será a solução para os problemas ambientais do Estado.
Conselhos
"Acho que precisamos recorrer ao Zoneamento". Conta que a primeira audiência está marcada para julho. Homero aproveita e dá alguns conselhos ao novo ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc. Para ele, o ministro deve iniciar uma nova fase à frente do MMA. "Acho que Minc deve inaugurar um governo diferente do que a ministra Marina Silva vinha fazendo". Avalia que a antecessora exercia uma gestão baseada em ações da Polícia Federal e do Ibama. "Agora, ele (Minc) deve fazer um governo de diálogo".
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