INPE divulga números do desmatamento; MT lidera ranking
Segundo o Inpe, o aumento foi apontado em função do maior poder de visualização do satélite. Em março, 78% da Amazônia Legal estava encoberta por nuvens e, em abril, só 53% da região estava sob nuvens.
O Deter foi concebido como um sistema de alerta para suporte à fiscalização e controle de desmatamento. "São mapeadas áreas de corte raso e áreas de processo de desmatamento por degradação florestal. Por conta da resolução limitada do sistema, é possível detectar, apenas, polígonos de desmatamento maiores de 25 hectares. Devido a cobertura de nuvens, nem todos os desmatamento maiores de 25 hectares são identificados pelo sistema", disse João Vianei Soares, coordenador geral de observação da Terra.
Mato Grosso e Roraima são os dois estados com maior área desmatada, segundo o Inpe. Em março, Mato Grosso tinha 112, 4 km² de alerta de desmatamento, sendo 69% de sua área coberta por nuvens. Roraima, que permitia boa visualização, teve 18,8 km² de alerta de desmatamento.
Em abril, Mato Grosso apresentou 794,1 km² de alertas de desmatamento, com apenas 14% de sua área encoberta por nuvens. Roraima teve 284,8 km² de alerta de desmatamento, com 18% de sua área encoberta.
Sem área preservada
Gilberto Câmara, diretor do Inpe, disse que foi indicado uma tendência de crescimento do desmatamento no fim do ano passado. "Hoje, com base nesses números, podemos dizer que essa tendência continua. Em termos de percentual de território, Rondônia é o estado mais devastado, não tendo mais área legal a ser desmatada. Ainda em termos de percentagem, o Amazonas é o estado mais preservado".
Segundo ele, o desmatamento ocorre por conta de processos de ocupação. Os estados de Rondônia, Mato Grosso e Pará são os mais atingidos por serem uma região de melhor acesso.
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