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Internacional
Sexta - 30 de Maio de 2008 às 18:01

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O embaixador brasileiro em Honduras, Brian Michael Fraser Neele, estava no avião que derrapou nesta sexta-feira em Tegucipalpa e se feriu, mas passa bem. Segundo a BBC, o embaixador quebrou a perna esquerda durante o acidente e foi hospitalizado.

O Itamaraty confirmou a presença de Neele no vôo, mas disse não possuir mais informações.

A aeronave tinha partido de El Salvador com 124 pessoas a bordo e derrapou ao aterrissar no aeroporto de Toncontín, chocando-se contra veículos que trafegavam na área e matando ao menos três, entre eles Harry Brautigam, o presidente do BCIE (Banco Centro-Americano de Integração Econômica).

Brautigam morreu em decorrência de problemas cardíacos logo após a derrapagem, de acordo com Tito Alvarado, diretor do Hospital Escola de Tegucigalpa.

O airbus 320 havia decolado de San Salvador às 8h30 (11h30 de Brasília). A maior parte dos passageiros era de Honduras, El Salvador e Costa Rica. O vôo tinha escala prevista em Tegucigalpa e em San Pedro Sula antes de seguir para Miami (Flórida), nos EUA.

O piloto tinha nacionalidade salvadorenha. Ao menos outras 18 pessoas se feriram quando o avião da companhia Taca se chocou contra uma barreira antes de atingir os veículos.

Bombeiros retiraram ao menos dois veículos que ficaram presos nos restos do avião.

Cerca de 2.000 galões --7.500 litros-- de combustível vazaram da aeronave, e autoridades tentaram manter os curiosos que se aglomeraram no local à distância.

"O combustível poderia causar uma explosão, ocasionando uma tragédia ainda maior", disse o porta-voz do Ministério da Segurança de Honduras, Ivan Mejia.

Um dos sobreviventes, Roberto Sosa, 34, contou à agência de notícias Associated Press o que ocorreu. "Nós aterrissamos e, de repente, houve um estrondo muito forte", contou.

Mau tempo

As causas do acidente não foram imediatamente esclarecidas. Segundo o ex-ministro hondurenho da Indústria e do Comércio, Norman García, o mau tempo pode ter contribuído.

A pista do aeroporto estava molhada devido às chuvas causadas pela tempestade Alma.

"Foi uma aterrissagem difícil, devido à nebulosidade na área do aeroporto de Toncontin. O teto das nuvens estava bem baixo", disse García, que estava na aeronave e saiu ileso.

Segundo ele, o piloto já havia tentado aterrissar uma vez, mas teve que alçar vôo novamente.

"Na segunda tentativa [de aterrissagem], vi que as rodas do avião haviam tocado um local muito adiantado da pista", disse ele à rádio local.

Rodeado por montanhas,o aeroporto de Toncontin é considerado um dos mais perigosos do continente, de acordo com especialistas em aeronáutica.

O presidente de Honduras, Manuel Zelaya, lamentou o acidente e afirmou que ordenará aos grandes aviões que deixem de aterrissar no aeroporto internacional Toncontín e se dirijam à base de Palmerola, construída nos anos 80 pelos Estados Unidos ao norte da capital hondurenha.

Foi o oitavo acidente com aeronaves da companhia salvadorenha Taca desde 1959. No entanto, apenas outros dois --um ocorrido neste ano em Manágua e outro em 1998 nos Estados Unidos-- haviam deixado mortos.





Fonte: Folha Online

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