Democratas resistem a renúncia de Iraci França a prefeita de Cuiabá
“Pedra preciosa não se vende; se guarda” – disse o pré-candidato a vereador Olvídio Reis, convencido de que, se firmado o entendimento com os progressistas, Iraci França deve ser a cabeça-de-chapa. “Minha própria pretensão de vereador cresceu muito depois que Iraci foi anunciada como nossa candidata” – disse. Ele acentuou que a ex-primeira dama de Cuiabá e ex-vice governadora está com seu nome consolidado nas comunidades de bairro de Cuiabá. “Sem dúvida, temos o melhor nome” – disse.
Ex-secretário de Obras da Prefeitura e presidente da Companhia de Saneamento da Capital, o pré-candidato a vereador Marcelo de Oliveira defendeu a realização de uma pesquisa qualitativa para definição. Ele raciocina que tanto democratas como progressistas querem vencer as eleições contra Wilson Santos e não podem incorrer em erros. A situação de Várzea Grande, em que o candidato do PP abriu mão em favor de Júlio Campos, do DEM, segundo ele, não pode jamais servir de ponto de definição. “Eleição não se faz apenas com emoção” – ele pregou.
Nessa linha, o vereador Luiz Marinho, ex-presidente da Câmara de Cuiabá, foi taxativo. Ele considera que o nome de Rabello está sendo inviabilizado pelas condições jurídicas. Depois de ocupar a primeira colocação nas pesquisas por diversos meses, Rabello entrou em declínio eleitoral depois que perdeu o emprego de apresentador de programa popular de televisão e, agora, enfrenta o desgaste de ter sido cassado pela Justiça Eleitoral por causa da infidelidade partidária. Marinho também defendeu a realização de uma pesquisa para definir o assunto.
Pré-candidatos a vereador se mostraram durante a reunião receosos quanto ao futuro eleitoral do grupo. Mesmo aqueles que não foram eloqüentes na defesa da manutenção do nome de Iraci França para continuar candidata a prefeita, entendem que é preciso que haja uma discussão objetiva com os progressistas. Especialmente no que diz respeito a estrutura de campanha. O DEM indicar um vice não é problema, segundo eles. É preciso que tudo seja devidamente discutido. Em outras palavras, querem ter tudo “preto no branco” antes de ingressar no apoio – caso se insista na candidatura de Rabello. Por isso mesmo, definição só na semana que vem.
De sua parte, a pré-candidata Iraci França mantém prudência. Disse que queria ouvir o partido. E ouviu! Ouviu, gostou e saboreou. No entanto, prefere aguardar a reunião da semana que vem com os democratas. “Vamos debates, discutir, conversar. A política se faz com diálogo. Não vamos cometer erros” – ela afirmou. Sobre a hipótese de ser cabeça-de-chapa, disse que está preparada, mas que depende do que vai ser discutido com o PP. Evitou analisar a administração de Wilson Santos e disse que espera, sim, a participação do esposo e ex-prefeito Roberto França na campanha: “Eu sempre o apoiei e ele vai me apoiar” – acentuou.
Comentários