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Politica Brasil
Sexta - 30 de Maio de 2008 às 10:13
Por: Luana Lourenço

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Belém (PA) - O governador de Mato Grosso, Blairo Maggi, que se encontra hoje (30) com o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, afirmou que vai evitar polêmica em relação às declarações do novo titular da pasta sobre o desmatamento em seu estado.

“Espero que seja [um encontro] tranqüilo, não vim aqui para ir ao ringue, vim para negociar e discutir”, disse Maggi, que participa do 1º Fórum de Governadores da Amazônia Legal.

Antes de tomar posse, Minc anunciou que o Mato-Grosso liderou o desmatamento na Amazônia no mês de abril, de acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que ainda serão divulgados.

O governador também comentou a alteração das regras de aplicação da resolução do Conselho Monetário Nacional (CMN) que restringirá, a partir de 1º de julho, a concessão de financiamento agrícola para quem não cumpre critérios ambientais.

“É uma coisa justa, mas ao mesmo tempo é necessária uma outra medida para que não tenhamos a diminuição da atividade econômica no Mato Grosso e em outros estados”, defendeu. Para ele, é preciso haver “flexibilização do tempo” para que os produtores rurais possam se adequar aos critérios ambientais exigidos pelo CMN. Na avaliação do governador, as mudanças “não levam em conta a realidade de quem vive no campo.”

Blairo Maggi ainda responsabilizou o governo pela falta de licenciamento ambiental de propriedades rurais. “O Estado e a União também têm culpa pelas propriedades não terem licenciamento ambiental, porque não estruturaram os órgãos ambientais, não colocaram crédito à disposição e pela insegurança jurídica que criaram ao fazer essa regulação”.

O 1º Fórum de Governadores da Amazônia Legal tem o objetivo de discutir propostas comuns de desenvolvimento sustentável a serem implementadas pelos nove estados que compõem a região (Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins). As prioridades apresentadas durante o encontro serão reunidas em um documento chamado Carta de Belém, que será entregue ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.





Fonte: Agência Brasil

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