Júlio chama o ex-adversário Maksuês de irmão

Dois dias após firmar a polêmica aliança com o deputado Maksuês Leite (PP), o ex-conselheiro do TCE, Júlio Campos (DEM), pré-candidato a prefeito de Várzea Grande, em entrevista ao programa "De Olho na Cidade", da rádio Regional de Nortelância, alegou que era adversário provisório de Maksuês e o compara a um irmão. Lembrou que o progressista, que desistiu da disputa para apoiá-lo, foi cabo eleitoral do irmão Jaime Campos (DEM), quando disputou, em 2006, uma vaga ao Senado. "Fomos adversários provisórios, pois na eleição passada Maksuês foi o grande defensor do nome de Jaime Campos", disse Júlio ao apresentador do programa, radialista e jornalista Edivaldo de Sá.

Para ele, qualquer um pode brigar e depois fazer as pazes. "Até em família há brigas de irmão com irmão", justifica. Na tentativa de amenizar a crise política por causa da unidade dos ex-adversários em Várzea Grande, Júlio ergue a bandeira do anti-radicalismo. Segundo ele, de nada adiantará os concorrentes manterem uma posição radical. "Se ficarmos com radicalismo não vamos para frente. Temos que lutar por um só ideal".

Enfatizou ainda que esse acordo DEM-PP servirá para somar a sua inteligência e competência administrativa com a juventude de Maksuês e do deputado Wallace Guimarães (DEM), que desistiu da disputa a contragosto, após uma pesquisa de intenções de voto que apontou embate técnico. O democrata diz que agora é hora de deixar de "politicalha" e fazer um trabalho em conjunto, ao insinuar que os comentários e críticas acerca dessa aliança de nada adiantam. "Várzea Grande tem que deixar a politicalha de lado. Se deixar os mexericos e as fofocas e partir para um grande programa de desenvolvimento, Várzea Grande voltará a ser a cidade industrial de Mato Grosso", avalia.

Júlio também critica a administração Murilo Domingos (PR). Pondera, porém, que a culpa não foi só de Murilo, mas de toda a sua equipe de governo. "Nico (Baracat) também deixou de cumprir seus compromissos. A culpa não é só do prefeito é de toda a equipe, que foi muito aquém do que o povo esperava", afirma. (Pollyana Araújo)