Contra Júlio é do mau, diz Fabris, ao elogiar Leite
O deputado Gilmar Fabris (DEM) foi o único a usar a tribuna na sessão noturna desta terça para defender Maksuês Leite (PP) e disparar críticas àqueles que se opõem à aliança do PP com o pré-candidato a prefeito de Várzea Grande, Júlio Campos (DEM), de quem nutre uma amizade antiga. Polêmico, Fabris acusou os que incentivavam Maksuês a continuar candidato de querer enriquecer no governo dele, chamando-os de “povo interesseiro que sonhava pela sangria”.
Disse ainda que o político tem que ser sensato e saber quando não está bem, mas em seguida se contradiz ao dizer que o parlamentar estava na liderança nas pesquisas e poderia ganhar as eleições. Completa dizendo que o conselheiro-aposentado Júlio Campos (DEM) também poderia vencer.
O democrata comparou a aliança DEM-PP de Várzea Grande com aquela de 1998, quando Júlio Campos, então candidato a governador, se uniu com o adversário histórico Carlos Bezerra e acabou derrotado nas urnas. Segundo Fabris, Júlio continuou na disputa porque a “companheirada” o incentivava e dispara: “se (Júlio) tivesse um pouco de inteligência naquele momento, as vezes não teria sido candidato, mas a companheirada dizia que essa é a hora, é o seu momento!, tudo com desejo de voltar ao poder, com desejo de ser secretário, empreiteiro. E lá foi Júlio para o sacrifício, doente, sofria de hepatite C, que hoje já se curou mas eu sei disso porque andava com ele dia e noite tomando injeção para poder fazer comício”. Conta também que quando Júlio perdeu, só ouviu críticas e não teve apoio dos que antes lhe apoiavam. "Ele (Júlio) precisou vender seu patrimônio para honrar os compromissos assumidos durante a campanha".
Fabris faz vários elogios ao colega Maksuês. Diz que ele teve, com a decisão de desistir da disputa, “verdadeira grandeza da política”. Convicto de que Júlio será prefeito, afirma que o parlamentar do PP vai colaborar muito com a administração. Dispara crítica àqueles que dizem que não conhecem a mulher de Maksuês, Mara Rubia Leite, mas ele mesmo, no final do discurso, admite que só a conheceu na Assembléia e buscou informações com sua cunhada (Milena Volcov) que é jornalista e conhece o trabalha de Mara em Várzea Grande.
“O Maksuês emprestou uma pessoa para nos ajudar que é uma grande revelação no social. Ai vem um cara me dizer que não conhecia ela. Claro, você é bacana, mas vai na periferia que você vai saber quem é dona Mara. Ela está na linha de frente. Não precisa aparecer, quem aparece é o marido. Você ouviu falar de quem, você já ouviu falar de Blairo, de obras, de Lula, de Dnit. Você mora onde, mora numa mansão aqui no centro”, diz Fabris, traduzindo o diálogo com um interlocutor.
O deputado disse ainda que o povo não irá se revoltar contra Maksuês a não ser os que “pensavam em roubar”. Destaca que “quem está metendo pau nele deveria parabenizá-lo”.
Do bem e do mau
Insinua ainda que todos deveriam renunciar para apoiar Júlio e chama a oposição de grupo do mal. “Maksuês iria enfrentar uma eleição dura, como não vai ser fácil agora. Vamos enfrentar adversário. Então da maneira que o senhor diz todos deveriam renunciar para apoiar Júlio para ter uma candidatura única?", afirmou Fabris. Em seu discurso inflamado, ele emendou: "Não, às vezes tem alguém que é do mau, fica pro mau, não queremos. Fica os do mau pra lá e do bem pra cá. Aqueles que estão conversando lá são do mal, os que tinham feito plano para enriquecer no seu governo vai ter que procurar o outro lado, porque do nosso lado não pode ficar, não vai ter vaga conosco, agora aqueles que querem construir uma grande várzea grande podem se juntar a nós”, ressalta. “Um dia Várzea Grande ainda vai lhe agradecer”, finaliza.
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